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Publicada em 14 de Abril de 2025 às 18:06

Rio Grande do Sul adere à campanha nacional de combate ao feminicídio

Parlamento gaúcho é o primeiro a se juntar à mobilização

Parlamento gaúcho é o primeiro a se juntar à mobilização

/Lauro Alves/ALRS/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
A cada seis horas uma mulher é assassinada no Brasil simplesmente pelo fato de ser mulher. O cenário de violência se repete no Rio Grande do Sul, que registrou 72 casos de feminicídios no ano passado. Nesta segunda-feira (14), a Assembleia Legislativa e os clubes Grêmio e Internacional aderiram à Campanha Feminicídio Zero - Nenhuma Violência contra a mulher será tolerada, do Ministério das Mulheres. Durante a cerimônia no Salão Júlio de Castilhos, que contou com a presença da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, foi assinada a Carta Compromisso de Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero. “Trata-se do compromisso de cada pessoa, porque a mudança começa nas pessoas. Primeiro é uma mudança nacional para ele se tornar coletiva. O silêncio de todas nós diante de qualquer situação é o que reflete em toda uma nação”, explicou.
A cada seis horas uma mulher é assassinada no Brasil simplesmente pelo fato de ser mulher. O cenário de violência se repete no Rio Grande do Sul, que registrou 72 casos de feminicídios no ano passado. Nesta segunda-feira (14), a Assembleia Legislativa e os clubes Grêmio e Internacional aderiram à Campanha Feminicídio Zero - Nenhuma Violência contra a mulher será tolerada, do Ministério das Mulheres.

Durante a cerimônia no Salão Júlio de Castilhos, que contou com a presença da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, foi assinada a Carta Compromisso de Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero. “Trata-se do compromisso de cada pessoa, porque a mudança começa nas pessoas. Primeiro é uma mudança nacional para ele se tornar coletiva. O silêncio de todas nós diante de qualquer situação é o que reflete em toda uma nação”, explicou.
O parlamento gaúcho é o primeiro do País a se juntar à mobilização nacional, que tem como propósito promover mudanças culturais e comportamentais para enfrentar a violência de gênero. A ideia partiu da deputada estadual Stela Farias (PT), que coordena a Força Tarefa contra o feminicídio. “Nada nos afasta tanto de um conceito de sociedade civilizada quanto o número de feminicídios que ocorrem em nosso País. Por isso, essa luta, que é de todos, nunca foi tão necessária”, pontuou o presidente do legislativo, Pepe Vargas (PT).

Para o Grêmio, aderir à campanha “Feminicídio Zero” representa um passo concreto em direção à construção de uma sociedade mais justa, segura e igualitária. Segundo o presidente do clube, Alberto Guerra, o futebol tem o poder de transformação. “Sabemos o tamanho da nossa responsabilidade no Estado, são mais de 10 milhões de torcedores. Temos o núcleo Clube de Todos, onde abraçamos os projetos e realizamos diversas ações”. Guerra também parabenizou a ministra e a Assembleia pela assinatura do acordo.
Já a diretora feminina e de inclusão do Internacional, Tamarisa Lopes, destacou o empenho do time em ações contra o feminicídio. “Somos o maior quadro associativo de mulheres entre os clubes do Brasil, somos 23, e também quando se trata da política do clube, representamos 11% dentro do conselho deliberativo”.

Além da assinatura da carta, a ministra das Mulheres reforçou a necessidade de mais recursos que sejam destinados ao combate à violência de gênero para o aprimoramento do canal de denúncias 180. A Central de Atendimento à Mulher passa por um processo de reestruturação. Atualmente, são recebidas 2 mil ligações diárias e, segundo a ministra, para conseguir a meta é necessário atender até 5 mil mulheres.

Entre os registros em nível nacional, as mulheres negras representam a maioria (52,8%) das denúncias de 2024, somando 53.431 casos contra mulheres pardas e 16.373 contra mulheres pretas. Além disso, mulheres brancas somam 48.747 denúncias, seguidas por amarelas (779) e indígenas (620).

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