Até 2026, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) pretende implementar por completo a adoção de energia elétrica de fonte renovável. A previsão é que a autarquia tenha uma economia de aproximadamente R$ 48 milhões em gastos com energia até 2029. Ao final dos cinco anos de contrato, a energia adquirida pelo departamento garantirá a redução de 15 mil toneladas de CO2 dispensados na atmosfera.
A afirmação foi feita pelo diretor-geral do Dmae, Bruno Vanuzzi, que nesta quinta-feira (3) participou do evento Diálogos Sustentáveis promovido pelo Instituto Latino Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Ilades) realizado na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre. O encontro tratou do tema: "O Impacto da Redução de Carbono no Saneamento Básico". Segundo Vanuzzi, existe muita coisa nova acontecendo no mercado de saneamento, seja através da aquisição de energia do mercado de fontes certificadas ou através de outras soluções internas como a produção fotovoltaica ou através de turbinas.
O presidente do Ilades, Marcino Fernandes Rodrigues, destaca que o Brasil somente vai evoluir e avançar na questão da gestão sustentável com a participação e a liderança da indústria e do setor privado, além da cogestão com o do poder público. "Temos que melhorar o sistema de resiliência porque saneamento é uma questão de saúde pública", comenta.
De acordo com Vanuzzi, a energia renovável é uma alternativa limpa e sustentável às fontes de energia convencionais que emitem poluentes atmosféricos. A migração para a energia renovável está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em janeiro deste ano, foi realizado o segundo leilão do segundo lote de compra de energia sustentável no mercado livre para o Dmae que chegou ao fim com deságio de 20,8%. O resultado final do certame apontou que o investimento será de R$ 75,5 milhões para cinco anos de serviço. O primeiro lote de compra de energia sustentável para o Dmae foi realizado em abril de 2024. O edital de compra de energia no mercado livre prevê o uso de fontes limpas e renováveis, possibilitando redução de até 20 mil toneladas nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Um levantamento da autarquia mostra que seria necessário o plantio de 140 mil árvores para neutralizar o lançamento deste volume de CO², produzidos para garantir as operações de saneamento de Porto Alegre até 2030.