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Publicada em 28 de Março de 2025 às 20:23

Memorial da Kiss tem novo atraso na obra e entrega pode ser adiada para além de junho

Construtora aguarda versão final do PPCI do Corpo de Bombeiros

Construtora aguarda versão final do PPCI do Corpo de Bombeiros

João Alves/PMSM/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar
A construção do Memorial da Kiss, em Santa Maria, enfrenta mais um atraso, e a data de entrega, prevista inicialmente para março e prorrogada para 30 de junho, pode mudar novamente. O motivo são novas adequações no projeto, exigidas pelo Corpo de Bombeiros para a liberação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). No momento, as obras estão temporariamente paradas.
A construção do Memorial da Kiss, em Santa Maria, enfrenta mais um atraso, e a data de entrega, prevista inicialmente para março e prorrogada para 30 de junho, pode mudar novamente. O motivo são novas adequações no projeto, exigidas pelo Corpo de Bombeiros para a liberação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). No momento, as obras estão temporariamente paradas.
LEIA MAIS: Memorial às vítimas da Boate Kiss, em Santa Maria, terá atraso na entrega

O memorial está sendo erguido, desde o dia 15 de julho do ano passado, no terreno onde ficava a boate Kiss, palco de uma das maiores tragédias do Brasil. Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, um incêndio provocado pelo uso de um artefato pirotécnico durante um show matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.
O espaço, planejado para homenagear as vítimas e manter viva a memória do ocorrido, terá 242 pilares, um para cada jovem que perdeu a vida, além de auditório, sala de exposições e jardins. Também será sede da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).

A obra já havia sofrido atrasos no início deste ano, quando a equipe precisou reforçar a fundação para evitar impactos na estrutura de um prédio vizinho. Agora, a lentidão se deve a mudanças no uso previsto para o memorial, que fizeram com que a edificação passasse de uma categoria de segurança F1 para F5 dentro das normas do Corpo de Bombeiros. Isso exige novas medidas de proteção e readequação dos projetos.

O superintendente e gestor da construção, Jéferson Nunes, explica que a versão final do PPCI deve ser protocolada até segunda-feira (31). "O Corpo de Bombeiros já se comprometeu a analisar a documentação com mais celeridade, sem abrir mão dos critérios de segurança. Só depois dessa aprovação poderemos seguir com algumas etapas da obra", afirma.
Outro ponto que pode impactar a obra é a necessidade de recursos adicionais. O orçamento inicial de R$ 4,2 milhões vem do Fundo de Recuperação de Bens Lesados do Ministério Público, com contrapartida da Prefeitura de aproximadamente R$ 580 mil. Porém, as mudanças no projeto podem elevar os custos. "Só teremos uma noção real do impacto financeiro conforme a obra avança. Se houver necessidade, podemos buscar um complemento de recursos junto ao próprio Ministério Público", explica Nunes.

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