Porto Alegre, sex, 28/03/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 25 de Março de 2025 às 17:03

Simers defende que gestão dos hospitais de Canoas seja feita pelo Estado

Profissionais de saúde estão com atraso nos pagamentos desde o ano passado

Profissionais de saúde estão com atraso nos pagamentos desde o ano passado

Fran Beck/Divulgação/JC
Compartilhe:
Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Diante do atraso no pagamento dos profissionais de saúde em três hospitais de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde dezembro, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) retoma o debate sobre a possibilidade do governo do Estado assumir a gestão. As informações foram confirmadas pelo presidente da instituição, Marcelo Matias, nesta terça-feira (25). Na tentativa de solucionar o impasse da categoria nos hospitais Universitário (HU), Nossa Senhora das Graças (HNSG) e Pronto Socorro de Canoas (HPSC), o sindicato atua por meio de um conjunto de ações. Segundo Matias, “o governo de alguma forma é responsável, porque o sistema é tripartite”.
Diante do atraso no pagamento dos profissionais de saúde em três hospitais de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde dezembro, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) retoma o debate sobre a possibilidade do governo do Estado assumir a gestão. As informações foram confirmadas pelo presidente da instituição, Marcelo Matias, nesta terça-feira (25).

Na tentativa de solucionar o impasse da categoria nos hospitais Universitário (HU), Nossa Senhora das Graças (HNSG) e Pronto Socorro de Canoas (HPSC), o sindicato atua por meio de um conjunto de ações. Segundo Matias, “o governo de alguma forma é responsável, porque o sistema é tripartite”.
Atualmente, quem responde pela gestão do Hospital Nossa Senhora das Graças é a Associação Beneficente de Canoas. Já no Hospital de Pronto-Socorro, quem responde pelas atividades é o Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), e no Hospital Universitário é a Associação Saúde em Movimento (ASM).
A possibilidade da gestão ser transferida para o Estado já tinha sido levantada em anos anteriores, mas não houve continuidade no processo. Em nota, a secretaria de Saúde do Estado (SES) informou que trata-se de uma hipótese. “A SES precisa avaliar ainda essa alternativa e está em constante diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e com o Ministério da Saúde”.

Segundo Matias, a medida seria fundamental, especialmente para o Hospital de Pronto Socorro. No começo do mês de março, a entidade realizou uma série de vistorias nas unidades de saúde do município que identificou o atraso no pagamento de médicos e más condições de trabalho. Os profissionais enviaram uma contraproposta à prefeitura para o recebimento dos pagamentos referentes a competência de dezembro de 2024. Agora, a prefeitura informou que se compromete a garantir o pagamento integral dos médicos, mas somente após a finalização do processo de atualização dos planos operacionais, que pode levar 60 dias.
Conforme Matias, os planos operacionais são acordos elaborados pelos gestores municipais, estaduais e federais para definir a quantidade de casos que serão atendidos. “Qual é o ser humano que sairá de casa hoje com zero perspectiva de receber o valor?”, questiona. O sindicato irá enviar um ofício, ainda nesta semana, para todas as autoridades responsáveis, incidindo o Conselho Regional de Medicina (Cremers) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS).

Por meio de nota, a prefeitura de Canoas informou que recebeu a contraproposta do Simers, de que o pagamento dos valores atrasados seja feito de forma parcelada, em seis prestações, "com o compromisso do município de também realizar os pagamentos dos meses de janeiro, fevereiro e março em dia". A administração municipal ainda informou que os pagamentos dos médicos em regime de Pessoa Jurídica (PJs) acontecem sempre até 60 dias após a apresentação de notas fiscais à prefeitura. "Portanto, estão em dia em 2025, estando apenas o mês de dezembro em atraso". 
A prefeitura se comprometeu em realizar os pagamentos de 2025 em dia para os profissionais do Hospital Universitário, e alegou que está revisando os planos operativos dos hospitais de Pronto-socorro e Nossa Senhora das Graças para, a partir disso, poder pagar os médicos PJs destas casas de saúde.
Por meio da Secretaria Municipal da Fazenda, o executivo municipal de Canoas reforçou que os valores em aberto referentes a dezembro somam R$ 5,63 milhões. "São R$ 1.614.665,85 para os médicos que prestaram serviços em regime de PJ no Hospital Universitário, R$ 1.520.331.12 para os do Pronto-socorro e R$ 2.498.000,00 para os médicos do Nossa Senhora das Graças. O pagamento da primeira parcela para os profissionais dos três hospitais será realizado nesta quarta-feira (26)", detalha a nota. 

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários