De Caxias do Sul
Em resposta aos desafios cada vez maiores das mudanças climáticas e à necessidade de dados precisos para o setor agrícola, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) desenvolveu o projeto "Inteligência Climática para Caxias do Sul", iniciativa que deverá aprimorar a forma como a cidade lida com as adversidades do clima. O projeto conta com a instalação de oito estações meteorológicas, distribuídas pelo território do município, com o objetivo de monitorar as condições climáticas em tempo real, oferecendo dados abertos e acessíveis à comunidade, produtores e órgãos públicos. A apresentação ocorreu durante a realização do 7º Horti Serra Gaúcha, no Parque de Eventos da Festa da Uva.
A iniciativa, liderada pela Diretoria de Agronegócios da entidade, tem apoio da Sicredi Pioneira, tecnologia da Elysios e patrocínio de Rizzi/Agrimar, Supermercados Andreazza, Rinaldi Assessoria, Agrale, Randoncorp, Sabiá Coberturas, Frutícola Zanette e Raízes do Campo. A diretora de Agronegócios Gabriela Guazelli explicou que as enchentes do ano passado evidenciaram o quanto é importante para a cidade, maior produtora de hortifrutigranjeiros do Estado, ter um sistema local de monitoramento climático. “Com esse projeto, estamos dando um passo importante para a segurança alimentar e à sustentabilidade da produção agrícola, além de fornecer suporte para a Defesa Civil em situações de emergência”, assinalou.
As oito estações foram distribuídas em localidades estratégicas, contemplando diferentes tipos de cultivo e condições de relevo. Também foi considerada a sucessão da propriedade pela necessidade de manutenção do sistema em operação. As propriedades rurais selecionadas incluem as áreas de Monte Bérico, Vila Seca, Fazenda Souza, Vila Oliva, 3ª Légua, Sebastopol, Santa Lúcia do Piaí e Lajeado Grande, distrito de São Francisco de Paula. Com altitudes que variam de 85 a 889 metros, essas regiões refletem a diversidade climática local, e os dados permitirão um monitoramento preciso das condições em cada uma delas, beneficiando desde pequenos agricultores até grandes produtores.
O projeto envolve investimento total de R$ 230 mil, compartilhado entre Sicredi Pioneira, CIC Caxias, empresas parceiras e produtores rurais selecionados. A tecnologia e instalação das estações estão a cargo da Elysios, uma startup gaúcha especializada em soluções de monitoramento climático e rastreabilidade agrícola, reconhecida pela sua expertise na área, conforme revela o cofundador e líder comercial Mario Apollo Brito.
Das oito estações, seis estão em operação desde dezembro passado. As demais serão entregues até o final de março. Gabriela destaca relatos já colhidos junto a produtores, que tiveram acesso aos dados, de redução de até 30% nos custos dos insumos. “Vamos ingressar agora na etapa de uso mais efetivo destes dados, interpretando, com o apoio da inteligência artificial, a condição de cada microclima e cruzando de acordo com a diversidade da produção local”, reforçou.
A ideia do projeto é antiga, mas seu início efetivo se deu há 14 meses. De acordo com Gabriela, o evento climático de maio do ano passado ratificou esta demanda. “A Defesa Civil, de forma especial, trabalhou nas enchentes sem dados claros e ágeis. Agora, eles estarão acessíveis de imediato e com muitas informações, pois o sistema armazena os dados. Temos uma série de aplicabilidades e garantia de assertividade para a tomada de decisão”, frisou.
Brito também destaca a importância dos dados para a tomada de decisão sobre a desocupação das cidades, principalmente para as situadas no Vale do Caí. “Sistematicamente somos consultados pelas prefeituras, quando há previsão de fortes chuvas, sobre a situação na Serra. Com a rede de estações integradas, as informações serão repassadas à Defesa Civil de forma mais rápida e assertiva”, comentou.
O diferencial do projeto é a abertura dos dados para uso público, em uma abordagem colaborativa que beneficia toda a comunidade e instituições locais, como a Defesa Civil e o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos. Também haverá capacitação para produtores e profissionais da área, com treinamentos oferecidos pela Sicredi Pioneira e pela Elysios, para que os usuários entendam e utilizem plenamente as informações geradas pelas estações.
As estações possuem sensores que coletam em tempo real informações sobre pluviometria, velocidade e direção do vento, umidade, temperatura e pressão do ar, sensação térmica, Delta T, eletrocondutividade do solo, graus-dia e horas de frio, ponto de orvalho, previsão de geada, molhamento foliar, déficit de pressão-vapor, índice de evapotranspiração e alertas de condições de doenças. “Estamos criando uma rede de inteligência climática que proporcionará alertas e previsões precisas para os agricultores, ajudando-os a evitar perdas e reduzir custos, além de servir de apoio à indústria e ao comércio em geral e à Defesa Civil e Corpo de Bombeiros nas ações de monitoramento de crises”, destaca o presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro.
Definiu a instalação das estações como ponto de partida do projeto, destacando a necessidade do aprendizado com as informações e o acréscimo de melhorias, além da promoção da pesquisa com apoio de universidades e demais órgãos. Frisou também ser importante a sensibilização para o envolvimento de mais agentes econômicos, visando incrementar a iniciativa. “Grupos de produtores, pequenas empresas e prefeituras podem se mobilizar e criar uma rede para conectar a esta que já temos, num processo de regionalização”, salientou. Interessados em acessar as informações devem se inscrever em https://ciccaxias.org.br/solucoes/inteligencia-climatica/.
Em resposta aos desafios cada vez maiores das mudanças climáticas e à necessidade de dados precisos para o setor agrícola, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) desenvolveu o projeto "Inteligência Climática para Caxias do Sul", iniciativa que deverá aprimorar a forma como a cidade lida com as adversidades do clima. O projeto conta com a instalação de oito estações meteorológicas, distribuídas pelo território do município, com o objetivo de monitorar as condições climáticas em tempo real, oferecendo dados abertos e acessíveis à comunidade, produtores e órgãos públicos. A apresentação ocorreu durante a realização do 7º Horti Serra Gaúcha, no Parque de Eventos da Festa da Uva.
A iniciativa, liderada pela Diretoria de Agronegócios da entidade, tem apoio da Sicredi Pioneira, tecnologia da Elysios e patrocínio de Rizzi/Agrimar, Supermercados Andreazza, Rinaldi Assessoria, Agrale, Randoncorp, Sabiá Coberturas, Frutícola Zanette e Raízes do Campo. A diretora de Agronegócios Gabriela Guazelli explicou que as enchentes do ano passado evidenciaram o quanto é importante para a cidade, maior produtora de hortifrutigranjeiros do Estado, ter um sistema local de monitoramento climático. “Com esse projeto, estamos dando um passo importante para a segurança alimentar e à sustentabilidade da produção agrícola, além de fornecer suporte para a Defesa Civil em situações de emergência”, assinalou.
As oito estações foram distribuídas em localidades estratégicas, contemplando diferentes tipos de cultivo e condições de relevo. Também foi considerada a sucessão da propriedade pela necessidade de manutenção do sistema em operação. As propriedades rurais selecionadas incluem as áreas de Monte Bérico, Vila Seca, Fazenda Souza, Vila Oliva, 3ª Légua, Sebastopol, Santa Lúcia do Piaí e Lajeado Grande, distrito de São Francisco de Paula. Com altitudes que variam de 85 a 889 metros, essas regiões refletem a diversidade climática local, e os dados permitirão um monitoramento preciso das condições em cada uma delas, beneficiando desde pequenos agricultores até grandes produtores.
O projeto envolve investimento total de R$ 230 mil, compartilhado entre Sicredi Pioneira, CIC Caxias, empresas parceiras e produtores rurais selecionados. A tecnologia e instalação das estações estão a cargo da Elysios, uma startup gaúcha especializada em soluções de monitoramento climático e rastreabilidade agrícola, reconhecida pela sua expertise na área, conforme revela o cofundador e líder comercial Mario Apollo Brito.
Das oito estações, seis estão em operação desde dezembro passado. As demais serão entregues até o final de março. Gabriela destaca relatos já colhidos junto a produtores, que tiveram acesso aos dados, de redução de até 30% nos custos dos insumos. “Vamos ingressar agora na etapa de uso mais efetivo destes dados, interpretando, com o apoio da inteligência artificial, a condição de cada microclima e cruzando de acordo com a diversidade da produção local”, reforçou.
A ideia do projeto é antiga, mas seu início efetivo se deu há 14 meses. De acordo com Gabriela, o evento climático de maio do ano passado ratificou esta demanda. “A Defesa Civil, de forma especial, trabalhou nas enchentes sem dados claros e ágeis. Agora, eles estarão acessíveis de imediato e com muitas informações, pois o sistema armazena os dados. Temos uma série de aplicabilidades e garantia de assertividade para a tomada de decisão”, frisou.
Brito também destaca a importância dos dados para a tomada de decisão sobre a desocupação das cidades, principalmente para as situadas no Vale do Caí. “Sistematicamente somos consultados pelas prefeituras, quando há previsão de fortes chuvas, sobre a situação na Serra. Com a rede de estações integradas, as informações serão repassadas à Defesa Civil de forma mais rápida e assertiva”, comentou.
O diferencial do projeto é a abertura dos dados para uso público, em uma abordagem colaborativa que beneficia toda a comunidade e instituições locais, como a Defesa Civil e o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos. Também haverá capacitação para produtores e profissionais da área, com treinamentos oferecidos pela Sicredi Pioneira e pela Elysios, para que os usuários entendam e utilizem plenamente as informações geradas pelas estações.
As estações possuem sensores que coletam em tempo real informações sobre pluviometria, velocidade e direção do vento, umidade, temperatura e pressão do ar, sensação térmica, Delta T, eletrocondutividade do solo, graus-dia e horas de frio, ponto de orvalho, previsão de geada, molhamento foliar, déficit de pressão-vapor, índice de evapotranspiração e alertas de condições de doenças. “Estamos criando uma rede de inteligência climática que proporcionará alertas e previsões precisas para os agricultores, ajudando-os a evitar perdas e reduzir custos, além de servir de apoio à indústria e ao comércio em geral e à Defesa Civil e Corpo de Bombeiros nas ações de monitoramento de crises”, destaca o presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro.
Definiu a instalação das estações como ponto de partida do projeto, destacando a necessidade do aprendizado com as informações e o acréscimo de melhorias, além da promoção da pesquisa com apoio de universidades e demais órgãos. Frisou também ser importante a sensibilização para o envolvimento de mais agentes econômicos, visando incrementar a iniciativa. “Grupos de produtores, pequenas empresas e prefeituras podem se mobilizar e criar uma rede para conectar a esta que já temos, num processo de regionalização”, salientou. Interessados em acessar as informações devem se inscrever em https://ciccaxias.org.br/solucoes/inteligencia-climatica/.