Cerca de 40% das mulheres que realizam atividades esportivas nas praças e parques de Porto Alegre já cogitaram desistir devido ao risco de assédio. Os dados foram levantados pela Secretaria Municipal de Segurança (SMSeg) e considerou quatro grupos de mulheres corredoras. Com a intenção de garantir a integridade física e moral das mulheres, a Guarda Municipal lançou, nesta semana, a Patrulha de atendimento à mulher (Patam).
O quantitativo exato de mulheres ouvidas não foi informado. “A prefeitura entendeu por bem lançar essa patrulha que vai estar na Orla e nos parques, nos horários de corrida, para dar um suporte para estas mulheres e atender de forma mais qualificada”, explica o secretário de Segurança, Alexandre Aragon.
O quantitativo exato de mulheres ouvidas não foi informado. “A prefeitura entendeu por bem lançar essa patrulha que vai estar na Orla e nos parques, nos horários de corrida, para dar um suporte para estas mulheres e atender de forma mais qualificada”, explica o secretário de Segurança, Alexandre Aragon.
Liderada pela tenente Carmem Mugica, a patrulha conta com um pelotão de 30 agentes divididos em turnos, além do restante do efetivo da Guarda Municipal. As patrulhas atuarão com duas viaturas caracterizadas em áreas estratégicas, o principal foco é o trecho três da Orla do Guaíba e no Parque Farroupilha (Redenção), em horários no começo e no final do dia.
Conforme o secretário, a equipe passou por um treinamento em Brasília, que incluiu a abordagem e encaminhamento psicológico. As áreas e horários de atuação foram estabelecidas a partir de uma reunião com quatro grupos de corredoras. Segundo a tenente Mugica, além do atendimento emergencial, as equipes atuarão com ações educativas. “Serão palestras e ações informativas que levarão a legislação de proteção das mulheres. Vamos trabalhar tanto na rede de ensino quanto na rede de saúde, inclusive nas comunidades”.
Outro levantamento indica que mais de 440 mulheres deixaram de praticar corrida em Porto Alegre e na Região Metropolitana por receio de se tornar vítima de violência sexual. Os dados foram divulgados em fevereiro pelo Movimento das Mulheres Corredoras, a pesquisa ouviu 519 participantes. As ações partem, principalmente, depois do episódio de assédio contra uma corredora, na Redenção, em julho do ano passado.
Outro levantamento indica que mais de 440 mulheres deixaram de praticar corrida em Porto Alegre e na Região Metropolitana por receio de se tornar vítima de violência sexual. Os dados foram divulgados em fevereiro pelo Movimento das Mulheres Corredoras, a pesquisa ouviu 519 participantes. As ações partem, principalmente, depois do episódio de assédio contra uma corredora, na Redenção, em julho do ano passado.
Embora o patrulhamento seja um ganho para o movimento, ele também é considerado um pequeno passo. “Ele só existe porque uma organização de mulheres está reivindicando aquilo que é seu por direito: segurança pública”, reforça a fundadora do movimento, Aline Ferreira. De acordo com ela, trata-se de uma “resposta e um dever dos órgãos públicos, não é algo dado”.
O grupo chegou a ser questionado sobre horários e locais de treino, mas as informações já haviam sido repassadas em outro momento e “não havia acontecido algo mais comprometido com o movimento, apenas um pequeno patrulhamento na Redenção”.
Embora os dados da pesquisa tenham sido utilizados para criação da Patam, “não houve um convite formal para organizar o projeto junto com o conjunto das mulheres na sociedade”, pontua Aline. Agora, o movimento solicita uma reunião para entender os detalhes do funcionamento do patrulhamento.
O grupo chegou a ser questionado sobre horários e locais de treino, mas as informações já haviam sido repassadas em outro momento e “não havia acontecido algo mais comprometido com o movimento, apenas um pequeno patrulhamento na Redenção”.
Embora os dados da pesquisa tenham sido utilizados para criação da Patam, “não houve um convite formal para organizar o projeto junto com o conjunto das mulheres na sociedade”, pontua Aline. Agora, o movimento solicita uma reunião para entender os detalhes do funcionamento do patrulhamento.