Porto Alegre, seg, 17/03/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 16 de Março de 2025 às 14:11

Brique da Redenção abre comemorações do 47º aniversário em Porto Alegre

Tradicional feira, Brique ficou lotado em meio à largada dos festejos dos 47 anos

Tradicional feira, Brique ficou lotado em meio à largada dos festejos dos 47 anos

EVANDRO OLIVEIRA/JC
Compartilhe:
Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Com sol e temperatura amena, as comemorações do 47º aniversário do Brique da Redenção começaram neste domingo, 16 de março, em Porto Alegre. A cerimônia de abertura da programação da mais tradicional feira de artesanato e antiguidades de Porto Alegre reuniu autoridades e homenageados por volta das 11h, em palco instalado na frente do Monumento ao Expedicionário.
Com sol e temperatura amena, as comemorações do 47º aniversário do Brique da Redenção começaram neste domingo, 16 de março, em Porto Alegre. A cerimônia de abertura da programação da mais tradicional feira de artesanato e antiguidades de Porto Alegre reuniu autoridades e homenageados por volta das 11h, em palco instalado na frente do Monumento ao Expedicionário.
Para a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Eventos, Rosani Pereira, o Brique é um patrimônio histórico da cidade, além de ser um espaço "muito democrático, onde todos se encontram, de todas as tribos, de todas as cores, e não tem nenhuma restrição". Mais do que um local de interatividade social, a titular da pasta destaca a sua importância para a economia.
"É o desenvolvimento da parte dos microempreendedores muito importante. Na secretaria, temos a unidade de fomento que trabalha com exclusivamente com briqueiros para fomentar essa economia criativa. Então, aqui também é um polo de economia de desenvolvimento”, afirma Rosani.
Prefeito do Parque da Redenção, Roberto Jakubaszko estima que passem mais de 1 milhão de pessoas pelo Parque Farroupilha ao mês, movimentando a economia em torno do local. Na avaliação do secretário-adjunto municipal da Cultura, Clóvis André, o Brique valoriza a identidade da capital gaúcha e o seu potencial criativo. 
“Como porto-alegrense, acredito que vale a pena celebrar a nossa feira, pois aqui é o melhor lugar do mundo para se ter qualidade de vida. Para isso, é preciso de muito trabalho.”
A presidente da Comissão Deliberativa dos Expositores do Brique da Redenção, Renita Stieler, destacou que hoje há cerca de 300 expositores em quatro segmentos – antiquários, artesanato, artes plásticas e gastronomia – selecionados por editais públicos.
"Amanhã (segunda-feira) fui convidada para usar a tribuna da Câmara dos Vereadores para sugerir a criação de um grupo de trabalho para pensarmos nos próximos anos. Recebemos aqui representantes de vários países e estados, e precisamos pensar nas nossas necessidades, como segurança, fiscalização do cumprimento das nossas normas para que tudo ocorra dentro do planejado para não descaracterizá-lo”, adianta a dirigente.
Segundo Renita, expositores têm uma forte preocupação com a questão ambiental, posicionando as bancas de forma a evitar que visitantes pisem nas raízes das árvores. "Temos um só caso de expositor que amarra sua barraca em árvore, e este já foi advertido e será punido. Mas alguns irregulares montam varais nas árvores do parque que ficam fora do canteiro central. Isso precisa de fiscalização para não voltar a ocorrer", destaca.

Personagens do Brique da Redenção

No mesmo 1978 em que se iniciavam as atividades do Brique da Redenção, nascia Fernanda Ordahy, filha de Alfredo Ordahy, um dos 10 antiquários convidados para a primeira edição da exposição Inspirada no Mercado de Pulgas, de Montevidéu, e na Feira de San Telmo, de Buenos Aires. "Quando ele começou, era só uma experiência, que deu certo e segue viva até hoje. Meu pai faleceu há oito anos e eu decidi dar continuidade ao trabalho. A família acompanhou toda a história do Brique", relata Fernanda.
Entre os frequentadores, o aficionado em artigos militares Luiz Soares, 65 anos, bate ponto aos domingos na banca que vende esses produtos. "Eu gosto de ir em eventos, exposições e em quartéis para me aprofundar cada vez mais no tema. Eu sou envolvido com isso desde criança, colecionando soldadinhos de chumbo, e hoje venho todo domingo fardado para explicar sobre o assunto para pessoas que se interessam", orgulha-se o aposentado.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários