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Publicada em 26 de Fevereiro de 2025 às 19:17

Inteligência artificial será testada pela Brigada Militar em Porto Alegre

Treinamento, realizado no Centro Integrado de Operações e Emergências, contou com 15 agentes

Treinamento, realizado no Centro Integrado de Operações e Emergências, contou com 15 agentes

Sahra Nunes/Procempa/Divulgação/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
A partir da segunda quinzena de março, a Brigada Militar de Porto Alegre irá testar o uso da inteligência artificial para identificar placas de veículos. A tecnologia busca ampliar o monitoramento já realizado pelo cercamento eletrônico. Trata-se do aplicativo Hórus NG, desenvolvido pela empresa de tecnologia da informação e comunicação da Capital, a Procempa, em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança (Smseg). Na prática, o aplicativo, instalado no celular do agente da Brigada Militar, permite realizar a leitura da placa com o cruzamento de dados disponíveis no sistema de cercamento eletrônico, explica a diretora técnica da Procempa, Débora Roesler. O aplicativo transforma a câmera do celular em um dispositivo de monitoramento capaz de identificar, em tempo real, os veículos roubados, furtados, clonados ou em situação irregular.
A partir da segunda quinzena de março, a Brigada Militar de Porto Alegre irá testar o uso da inteligência artificial para identificar placas de veículos. A tecnologia busca ampliar o monitoramento já realizado pelo cercamento eletrônico. Trata-se do aplicativo Hórus NG, desenvolvido pela empresa de tecnologia da informação e comunicação da Capital, a Procempa, em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança (Smseg).

Na prática, o aplicativo, instalado no celular do agente da Brigada Militar, permite realizar a leitura da placa com o cruzamento de dados disponíveis no sistema de cercamento eletrônico, explica a diretora técnica da Procempa, Débora Roesler. O aplicativo transforma a câmera do celular em um dispositivo de monitoramento capaz de identificar, em tempo real, os veículos roubados, furtados, clonados ou em situação irregular.
Conforme Débora, o aplicativo classifica os alertas por cores - o que torna o sistema mais eficiente. Os casos criminais são identificados em vermelho, já os veículos com pendências administrativas recebem alerta amarelo, enquanto o verde indica que os veículos estão regulares.

“É um sistema muito positivo porque também conta com o fator surpresa. Onde tem uma câmera fixa, a pessoa pode não passar. Dentro de um veículo, a pessoa anda por toda cidade”, complementa Débora. Em caso de irregularidade, o agente pode criar um alerta no cercamento eletrônico, enviando dados, foto e localização do veículo para a plataforma. O aplicativo consulta, em tempo real, a base de dados do Detran Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) para verificar a regularidade das placas.

Embora utilize a inteligência artificial, as informações também passam pela supervisão humana. O treinamento para utilização do Hórus foi realizado em 13 de fevereiro, no Centro Integrado de Operações e Emergências da Brigada Militar (Copom), e contou com 15 agentes. 
O custo, segundo a diretora técnica da Procempa, é considerado baixo, levando em conta que o aplicativo foi desenvolvido pelos servidores do próprio laboratório do município. A expectativa é expandir a tecnologia para outras cidades gaúchas. “Municípios menores não apresentam orçamento para colocar câmeras fixas na cidade. Dessa forma, todos conseguiriam ter acesso, por meio do celular dos agentes”, afirma Débora.

O cercamento eletrônico em Porto Alegre foi disponibilizado pelo governo do Rio Grande do Sul, em 2018, a partir do decreto 54.426, que cria o Sistema Integrado de Segurança com os Municípios (SIM). Desde a implementação, o índice de furto e roubo de veículos na Capital apresentou uma redução de 88%.

Conforme o secretário municipal de Segurança, Alexandre Aragon, “a prefeitura já disponibiliza toda a tecnologia que produz ao Estado”. Ao todo, são 2,8 mil câmeras para operação da Brigada Militar, “elas possuem análise comportamental e estamos agregando o reconhecimento facial”, complementa. De acordo com ele, como o Hórus NG foi desenvolvido pela Procempa, o sistema ficará à disposição do Estado.

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