As altas temperaturas, somadas ao cenário epidemiológico do ano passado, preocupam as autoridades de saúde do Rio Grande do Sul no que diz respeito à dengue. O Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs) está em alerta entre os meses de janeiro e março - período que, historicamente, ocorre o pico de ocorrências.
Neste ano, passados apenas 13 dias, o Estado já contabiliza 475 notificações e 27 casos confirmados da doença. Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, concentra o maior número de notificações, com 53, segundo o Painel de Casos de Dengue, do governo do Rio Grande do Sul. Os municípios de São Leopoldo e São Miguel das Missões registraram individualmente três casos confirmados. O restante das cidades gaúchas registrou até dois casos.
Neste ano, passados apenas 13 dias, o Estado já contabiliza 475 notificações e 27 casos confirmados da doença. Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, concentra o maior número de notificações, com 53, segundo o Painel de Casos de Dengue, do governo do Rio Grande do Sul. Os municípios de São Leopoldo e São Miguel das Missões registraram individualmente três casos confirmados. O restante das cidades gaúchas registrou até dois casos.
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Segundo a chefe da Divisão Epidemiológica da Cevs, Roberta Vanacor, é necessário analisar os anos anteriores para compreender os dados atuais. De acordo com ela, "2024 apresentou os piores registros da série histórica dos últimos nove anos”. Ao todo, foram 303.969 mil notificações e 207.700 mil confirmações. O número de mortes também bateu recorde, 281. Até então, o maior número havia sido registrado em 2022, com 66 óbitos.
“Em 2022, tivemos um cenário alarmante, reflexo do momento vivenciado na pandemia - que a gente imagina que as ações ambientais do vetor não tenham sido realizadas da maneira como deveriam”, explica Roberta. Já em 2023, houve uma mudança no perfil epidemiológico da doença. “Tivemos casos confirmados, inclusive, nas semanas de maior frio, demonstrando a habilidade que o vetor apresenta, porque existem muitos reservatórios que são mantidos nas residências e locais de trabalho”.
Além disso, as mudanças climáticas vivenciadas no Rio Grande do Sul também influenciam nos dados atuais, devido às temperaturas mais amenas em períodos considerados de frio. Outro exemplo trata-se dos acumulados de chuva de setembro e novembro de 2023. “Não é uma comparação com o desastre climático de 2024, mas não podemos deixar de ressaltar, porque foi muito próximo com o período de alta transmissão de dengue, que começa nas últimas semanas do ano”, complementa Roberta.
“Em 2022, tivemos um cenário alarmante, reflexo do momento vivenciado na pandemia - que a gente imagina que as ações ambientais do vetor não tenham sido realizadas da maneira como deveriam”, explica Roberta. Já em 2023, houve uma mudança no perfil epidemiológico da doença. “Tivemos casos confirmados, inclusive, nas semanas de maior frio, demonstrando a habilidade que o vetor apresenta, porque existem muitos reservatórios que são mantidos nas residências e locais de trabalho”.
Além disso, as mudanças climáticas vivenciadas no Rio Grande do Sul também influenciam nos dados atuais, devido às temperaturas mais amenas em períodos considerados de frio. Outro exemplo trata-se dos acumulados de chuva de setembro e novembro de 2023. “Não é uma comparação com o desastre climático de 2024, mas não podemos deixar de ressaltar, porque foi muito próximo com o período de alta transmissão de dengue, que começa nas últimas semanas do ano”, complementa Roberta.
Dessa forma, a combinação de fatores justifica os dados apresentados, segundo a Cevs. Na tentativa de que o cenário não se repita em 2025, o governo do Estado lançou, ainda no ano passado, um Plano de Contingência para que os municípios indicassem as próprias ações e intensificassem as médias ambientais
“A dengue é transmitida por um vetor, que é o mosquito. Se não tivermos o vetor, não teremos a transmissão”, reforça Roberta. A principal estratégia, em um primeiro momento, é a localização dos criadouros e a eliminação. Mais de 90% dos municípios do Estado contam com a presença do vetor.
Outra estratégia trata-se da vacinação. O imunizante está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em municípios com a maior carga da doença, conforme o Plano Nacional de Imunizações (PNI). Atualmente, a vacina é ofertada em 67 municípios gaúchos incluindo Porto Alegre e cidades da região dos Vales Taquari, Sinos e Rio Pardo, além do Alto Uruguai.
“O problema é a procura. Não podemos desprezar que essa é mais uma estratégia de enfrentamento. Em 2024, foram mais de 12 mil casos nessa faixa etária e registramos três óbitos. Então, sim, a dengue mata!”, sinalizada Roberta.
“A dengue é transmitida por um vetor, que é o mosquito. Se não tivermos o vetor, não teremos a transmissão”, reforça Roberta. A principal estratégia, em um primeiro momento, é a localização dos criadouros e a eliminação. Mais de 90% dos municípios do Estado contam com a presença do vetor.
Outra estratégia trata-se da vacinação. O imunizante está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em municípios com a maior carga da doença, conforme o Plano Nacional de Imunizações (PNI). Atualmente, a vacina é ofertada em 67 municípios gaúchos incluindo Porto Alegre e cidades da região dos Vales Taquari, Sinos e Rio Pardo, além do Alto Uruguai.
“O problema é a procura. Não podemos desprezar que essa é mais uma estratégia de enfrentamento. Em 2024, foram mais de 12 mil casos nessa faixa etária e registramos três óbitos. Então, sim, a dengue mata!”, sinalizada Roberta.