Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 11 de Janeiro de 2025 às 17:48

Banca de heteroidentificação de reintegrados ao CNU é neste fim de semana

Em Porto Alegre, as provas, que aconteceram em agosto, transcorreram com normalidade

Em Porto Alegre, as provas, que aconteceram em agosto, transcorreram com normalidade

Maria Amélia Vargas/Especial/JC
Compartilhe:
Folhapress
Os candidatos negros reintegrados ao CNU (Concurso Nacional Unificado) terão uma nova oportunidade de participar da etapa de heteroidentificação do concurso neste sábado (11) e domingo (12). Os reintegrados são candidatos que haviam sido desclassificados por falhas na identificação no dia da prova, mas foram reinseridos no concurso após acordo judicial.
Os candidatos negros reintegrados ao CNU (Concurso Nacional Unificado) terão uma nova oportunidade de participar da etapa de heteroidentificação do concurso neste sábado (11) e domingo (12). Os reintegrados são candidatos que haviam sido desclassificados por falhas na identificação no dia da prova, mas foram reinseridos no concurso após acordo judicial.
A convocação dos participantes para esse procedimento foi realizada no dia 23 de dezembro. As informações sobre a data, o horário e o local determinados para a banca podem ser acessadas na área do candidato, no site da Cesgranrio, instituição responsável pelo concurso.
Segundo o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), o edital do concurso prevê que o comparecimento ao procedimento é de inteira responsabilidade do candidato, não havendo possibilidade de remarcação da banca em caso de desconhecimento ou de quaisquer impedimentos.
O procedimento de heteroidentificação tem como objetivo verificar a declaração por candidatos negros para garantir que as vagas reservadas sejam efetivamente ocupadas por esses indivíduos.
A banca de avaliação é composta por cinco integrantes e seus suplentes, que não terão os nomes divulgados. No edital do concurso, é previsto que as pessoas que fazem parte dela devem apresentar diversidade quanto ao gênero, à cor e, sempre que possível, à origem regional.
Ao todo, mais de 4.000 candidatos foram convocados para o procedimento após recomendação do MPF (Ministério Público Federal), para quem parte dos candidatos pode ter deixado participar devido à confusão gerada pela organização do concurso.
O critério fenotípico (aparência) será utilizado exclusivamente para a avaliação. Durante o processo, os candidatos terão seus dados biométricos coletados e serão submetidos a exame grafológico.
O procedimento será filmado pela Fundação Cesgranrio e o candidato que se recusar a participar da filmagem ou a realizar a coleta de dados biométricos será eliminado do CNU.
Aqueles que não tiverem sua autodeclaração confirmada passarão a concorrer para as vagas de ampla concorrência, se tiverem pontuação suficiente para prosseguir nas demais fases.
No caso das vagas reservadas a pessoas indígenas, o procedimento de verificação será realizado pela comissão de verificação documental complementar, também nos dias 11 e 12 de janeiro. Os resultados preliminares para os dois casos serão divulgados no dia 17 de janeiro.
Na última semana, um militante do movimento negro entrou com uma ação na Justiça Federal após ter a sua candidatura indeferida pela reserva de vagas a pessoas negras. O candidato havia participado do primeiro de processo de heteroidentificação do concurso.
Gustavo Amora, que é cientista político, acusa a banca de ignorar critérios objetivos e documentos durante sua avaliação. O caso tramita no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

Notícias relacionadas