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Publicada em 09 de Janeiro de 2025 às 20:21

Banco Vermelho é instalado na Redenção em campanha contra feminicídio

Bancos vermelhos simbolizam um lugar vazio deixado por uma mulher vítima de feminicídio

Bancos vermelhos simbolizam um lugar vazio deixado por uma mulher vítima de feminicídio

Bruno De Lazarri/Divulgação/JC
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Um banco vermelho foi instalado no Parque da Redenção com um propósito que vai além de integrar o cenário urbano. A peça foi doada pela empresa de mobiliário urbano De Lazzari para a campanha Banco Vermelho, uma iniciativa global contra o feminicídio, que nasceu na Itália em 2016 e tem se espalhado por diversos países como Estados Unidos, Espanha, Áustria, Mongólia, Austrália, Ucrânia e Argentina. 
Um banco vermelho foi instalado no Parque da Redenção com um propósito que vai além de integrar o cenário urbano. A peça foi doada pela empresa de mobiliário urbano De Lazzari para a campanha Banco Vermelho, uma iniciativa global contra o feminicídio, que nasceu na Itália em 2016 e tem se espalhado por diversos países como Estados Unidos, Espanha, Áustria, Mongólia, Austrália, Ucrânia e Argentina. 
“Essa campanha existe no mundo inteiro, e funciona com mobiliários urbanos, que é o que a gente trabalha. E a conexão foi mesmo da organizadora [Polaca Rocha], por conhecer o nosso trabalho", explica Bruno De Lazzari, arquiteto responsável pela doação do mobiliário junto do sócio Antelmo.

No Parque da Redenção, a iniciativa foi promovida pela Semana do Bom Fim, durante programação que aconteceu entre os dias 1 e 7 de dezembro de 2024. O banco vermelho tem como propósito reforçar a reflexão sobre o tema, além de divulgar os contatos de emergência da Brigada Militar, da Central de Atendimento à Mulher e da Delegacia da Mulher.
“A ação do Banco Vermelho é chamar visibilidade para as pessoas e para a causa. E por ser vermelho, é aquela coisa que te chama atenção, e tem uma placa do lado explicando. Então as pessoas chegam mais próximas para ver esse banco, e tem informações de contato com a polícia, e para denúncias", completa De Lazzari.

Como surgiu o projeto

A inspiração do projeto foi a iniciativa "Zapatos Rojos", ou "sapatos vermelhos", em português, idealizada pela arquiteta Elina Chauvet em 2009 em resposta à onda de desaparecimentos e assassinatos de mulheres na cidade de Juarez-Chihuahua, no México, durante os anos 1990.

Denise Argemi, integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e coordenadora dos Estados Gerais das Mulheres no Brasil, explica que os bancos vermelhos simbolizam um lugar vazio deixado por uma mulher vítima de feminicídio. "É um convite para quem passa sentar e refletir sobre a necessidade de ouvir e apoiar as mulheres que são vítimas de violência".

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