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Publicada em 07 de Janeiro de 2025 às 18:19

Suspeita de envenenar bolo, em Torres, também levou comida para o sogro

Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar bolo que matou três pessoas em Torres, no Litoral Norte

Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar bolo que matou três pessoas em Torres, no Litoral Norte

ARTE/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de ter envenenado o bolo que ocasionou a morte de três pessoas, em Torres, no Litoral Norte, também levou bananas e leite em pó para a casa dos sogros, ainda em setembro. Dois dias depois, o sogro - marido de Zeli dos Anjos, pessoa que preparou o bolo -, morreu por intoxicação alimentar. As informações foram confirmadas pelo delegado Marcos Veloso, responsável pelo caso, na tarde desta terça-feira (7). Embora a morte do marido de Zeli tenha ocorrido dois meses antes do consumo do bolo envenenado, o corpo será exumado para contribuir com as investigações. Segundo a Polícia Civil, a relação entre a suspeita e a família era harmoniosa, mas com desavenças, que ocorreram há vinte anos. A reportagem, no entanto, não teve acesso aos depoimentos.
Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de ter envenenado o bolo que ocasionou a morte de três pessoas, em Torres, no Litoral Norte, também levou bananas e leite em pó para a casa dos sogros, ainda em setembro. Dois dias depois, o sogro - marido de Zeli dos Anjos, pessoa que preparou o bolo -, morreu por intoxicação alimentar. As informações foram confirmadas pelo delegado Marcos Veloso, responsável pelo caso, na tarde desta terça-feira (7).

Embora a morte do marido de Zeli tenha ocorrido dois meses antes do consumo do bolo envenenado, o corpo será exumado para contribuir com as investigações. Segundo a Polícia Civil, a relação entre a suspeita e a família era harmoniosa, mas com desavenças, que ocorreram há vinte anos. A reportagem, no entanto, não teve acesso aos depoimentos.
A suspeita, Deise Moura dos Anjos, nora de Zeli dos Anjos, foi presa preventivamente, no último domingo (5), e encaminhada ao Presídio Estadual Feminino de Torres. Ela foi detida por triplo homicídio e por tripla tentativa de homicídio, ambos duplamente qualificados.

Em uma nota divulgada nas redes sociais, a defesa de Deise, representada pelos advogados Vinícius Boniatti, Gabriela S. Souza e Manuela Almeida, alega que “ainda não teve acesso integral à investigação". O inquérito que analisa o caso deve ser concluído no prazo de 30 dias.
O consumo do bolo ocorreu em 23 de dezembro, em uma celebração de Natal. Na ocasião, seis pessoas consumiram o alimento - três delas faleceram em um curto período de tempo, duas foram internadas e uma foi liberada logo após o consumo.
A Polícia Civil confirmou a presença de arsênio tanto no sangue, quanto na urina e no conteúdo estomacal das vítimas. A farinha foi identificada como fonte de contaminação, já o arsênio utilizado no preparo foi encontrado no município vizinho, em Arroio do Sal.

Das pessoas internadas, apenas Zeli está em observação médica. Conforme o último boletim do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, o quadro de saúde está estável.

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