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Publicada em 03 de Janeiro de 2025 às 12:52

Litoral Norte do RS registra quase 18 mil casos de pessoas queimadas por águas vivas

A orientação é aplicar vinagre na área afetada

A orientação é aplicar vinagre na área afetada

CBMRS/DIVULGAÇÃO/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Com a água quente e clarinha, o número de pessoas queimadas por águas vivas aumentou nas praias do Litoral Norte gaúcho. Já são quase 18 mil casos desde o dia 21 de dezembro até o dia 3 de janeiro, segundo o coordenador operacional da Operação Verão, Daniel Moreno. Diante deste fato, a Secretaria Estadual da Saúde alerta para cuidados com a presença de águas vivas no Litoral.
Com a água quente e clarinha, o número de pessoas queimadas por águas vivas aumentou nas praias do Litoral Norte gaúcho. Já são quase 18 mil casos desde o dia 21 de dezembro até o dia 3 de janeiro, segundo o coordenador operacional da Operação Verão, Daniel Moreno. Diante deste fato, a Secretaria Estadual da Saúde alerta para cuidados com a presença de águas vivas no Litoral.
O Centro de Informação Toxicológica (CIT) alerta para a necessidade de atenção à presença das águas vivas no Litoral Norte. Já no início da temporada de verão é grande o número de registros de acidentes por contato com esses animais.
Segundo Moreno, a recomendação para quem sofre queimaduras das águas vivas é aplicar vinagre na área afetada, que está disponível nas guaritas dos guarda-vidas. "No primeiro momento, é lavar com água do mar e aguardar um momento antes de lavar com água doce, água corrente de torneira", acrescenta. Nas praias do Litoral Norte, os guarda-vidas hastearam a bandeira roxa, para sinalizar a presença de águas vivas.
Até a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre lançou uma campanha de alerta nas redes sociais para os veranistas da Capital que estão no Litoral para que tenham cuidado as águas vivas. O material diz que o "mar está quentinho e a água esverdeada... mas atenção, porto-alegrense que está passando as férias no litoral gaúcho! Com o aumento da temperatura, as águas-vivas aparecem por lá".  
As águas vivas possuem tentáculos com células urticantes que, ao tocarem a pele dos banhistas, podem causar dor local, erupção cutânea, bolhas e vermelhidão. Conhecidas como mães d'água ou caravelas, as águas vivas são animais aquáticos e de aparência frágil, porém constituídos de estruturas que parecem queimar. Crianças e surfistas são as populações geralmente mais afetadas, por permanecerem mais tempo na água. Neste verão, a temperatura do mar do Rio Grande do Sul está um pouco mais aquecida o que favorece a proliferação do fitoplâncton (alimento destes animais) e possibilita também a reprodução destes cnidários.
A orientação da área técnica do Centro de Informação Toxicológica é que o primeiro atendimento realizado pelo salva-vidas na praia já é o suficiente para esses casos. Lavar o local atingido com água do mar (não lavar com água doce), remover suavemente os tentáculos aderidos na pele, (não esfregar o local). Também é recomendável banhos e compressas com vinagre, aplicação de bolsas de gelo em gel, restringir o movimento da área afetada, acalmar a vítima e, se necessário, procurar auxílio médico. Não devem ser aplicadas substâncias sem indicação médica nem pisar ou manipular animais mortos na beira da praia, pois eles ainda podem causar acidentes. Em caso de acidente, as pessoas devem ligar para o telefone: 0800 721 3000.
A água mais quente e clara favorece a proliferação dos animais | CBMRS/DIVULGAÇÃO/JC
A água mais quente e clara favorece a proliferação dos animais CBMRS/DIVULGAÇÃO/JC
 

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