O calor intenso e a possibilidade de colapso no interior da loja onde caiu o avião modelo Piper Cheyenne prefixo PR-NDN, na manhã deste domingo (22), em Gramado, ainda impede o acesso à fuselagem e aos corpos das vítimas. Com tanque de combustíveis cheio para a viagem até o interior de São Paulo, o avião explodiu após a colisão. E o risco de novas explosões faz o local seguir isolado, informaram o governador Eduardo Leite e representantes das forças envolvidas no atendimento à tragédia.
A ideia é usar equipamentos de alta tecnologia, como scanner 3D, para fazer a visualização do local e auxiliar na realização da perícia e identificação dos corpos. As vítimas somente serão removidas após a retirada da fuselagem para fora da loja.
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Ainda durante a tarde, a RS-235, também conhecida como Avenida das Hortênsias, que ficou totalmente bloqueada nos dois sentidos a partir doo acidente, foi parcialmente liberada. Enquanto a pista no lado onde ocorreu a queda permaneceu como área de isolamento e proteção ao local para auxiliar na perícia, o lado contrário passou a ser usado nos dois sentidos, mas ainda há engarrafamento no trecho.
Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul conduzem investigações paralelas sobre o caso para apurar as circunstâncias do acidente. Apesar da forte neblina sobre a região do Aeroclube de Canela e o trecho até o local do acidente, ainda não é possível fazer qualquer avaliação sobre as causas do acidente, disse o delegado Gustavo Barcelos, da Polícia Civil.
Ainda conforme informações dos órgãos oficiais, em princípios não haveria outras vítimas envolvidas no caso, já que não houve demanda por desaparecidos. O Corpo de Bombeiros fez uma varredura no interior da pousada, onde havia fogo e feridos, de diversos Estados brasileiros e diferentes idades.