"Retrospectiva e perspectivas sob o olhar do jornalismo profissional" foi o tema do último Tá na Mesa de 2024 promovido pela Federasul nesta quarta-feira, 11 de dezembro. O evento reuniu, ontem, representantes de sete veículos de comunicação gaúchos no Palácio do Comércio, em Porto Alegre.
Para o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, conversar com jornalistas é quase como colocar a mão no pulso do paciente e enxergar para onde vão as tendências. O dirigente destacou a importância de realizar um painel com representantes dos meios de comunicação.
O editor-chefe do Jornal do Comércio, Guilherme Kolling, comentou que nunca se teve tanta informação e nunca foi tão difícil estar bem informado. "Com esse volume imenso de informações, temos novos atores, mas quem publica a informação com responsabilidade e com checagem dos fatos é o jornalismo profissional."
Kolling ainda dissertou sobre a importância de mostrar a fonte das informações publicadas, bem como o trabalho de jornalismo de dados realizado pelo JC, com produtos editoriais como o Mapa Econômico do RS e o Anuário de Investimentos do Rio Grande do Sul.
A diretora de conteúdo da Rede Pampa, Marjana Vargas, destacou o compromisso da empresa com a comunidade gaúcha e ressaltou as dificuldades enfrentadas durante o período. Também destacou as diversas ações do grupo de comunicação, em TV, rádio e noticiário online.
O gerente de rádio do Grupo Bandeirantes, Guilherme Macalossi, enfatizou o papel humanitário da profissão: "2024 foi um ano marcado por uma tragédia. O jornalismo ajuda a salvar vidas com a informação certa".
Fernando Weiss, de A Hora, de Lajeado, destacou o trabalho realizado pela imprensa durante a tragédia climática de maio e afirmou que acredita no potencial desenvolvimentista do Rio Grande do Sul. Também destacou o trabalho de educação ambiental realizado pelo grupo.
O jornalista Igor Muller, do Grupo Sinos, de Novo Hamburgo, lembrou as dificuldades da cobertura jornalística dos diários da empresa localizados em Canoas e São Leopoldo, cidades que foram duramente atingidas pelas enchentes. Também ressaltou o envolvimento com a comunidade no período.
O diretor de redação do Correio do Povo, Telmo Flor, apresentou imagens impactantes da inundação que atingiu a sede do jornal na rua Caldas Júnior, no Centro de Porto Alegre, e o parque gráfico do jornal no 4º Distrito. Ele observou que embora a edição impressa tenha deixado de circular por alguns dias, a edição digital se manteve de forma permanente. E destacou o crescimento brutal na audiência online durante o período de cobertura das enchentes. Com otimismo, ele reforçou a importância da imprensa no futuro.
A diretora de jornalismo e esportes do Grupo RBS, jornalista Marta Gleich, ressaltou a responsabilidade da imprensa e a relevância de coberturas profundas em momentos cruciais. Também fez um balanço de coberturas realizadas em 2024, como as Olimpíadas e as eleições, observando que o acompanhamento dos efeitos da enchente foi a maior cobertura da história para todos os veículos de imprensa gaúchos.