Após vir a público o problema no pagamento de médicos terceirizados do Hospital Universitário de Canoas, sua direção esclarece que a situação se deve a questões externas e que o "repasse do mês de setembro foi feito pela prefeitura na última sexta-feira, conforme acordado com os profissionais".
Na tarde desta terça-feira (10), todos os pagamentos foram colocados em dia após o sistema bancário ser normalizado. Por outro lado, a instituição financeira afirma que: “o Banrisul não apresentou qualquer instabilidade ou problema em seus sistemas responsáveis pelas operações de folha de pagamento”
Antes, a instituição de saúde afirmou que "por um problema operacional no sistema do Banrisul, os pagamentos estão sendo realizados de forma manual pela equipe diretiva do HU, com previsão de regularização completa ainda nesta terça-feira”, informou a assessoria de imprensa por meio de nota.
A direção do Hospital Universitário informa, ainda, que “todos os profissionais CLTs (com carteira assinada) estão com pagamentos em dia, inclusive com adiantamento da primeira parcela do 13º, efetuado no dia 20 de novembro”. Reforça, também, que não há falta de insumos ou qualquer outro material que implique na não realização de cirurgias e procedimentos.
O hospital destaca que em nenhum momento houve greve. “Os pacientes estão sendo recebidos normalmente”, garante a assessoria de comunicação.
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), no entanto, informa que cerca de 60 médicos prestadores de serviço que atuam no hospital iniciaram a suspensão dos atendimentos ambulatoriais e de novas internações às 19h desta segunda-feira (9). A deliberação ocorreu em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada pelo sindicato.
“Não existe nada concreto que eles vão receber e a situação dos médicos é crítica, pois eles deveriam ter recebido setembro no dia 15 de novembro. Problema que se agrava com as precárias condições de trabalho, pois faltam insumos importantes para cirurgias cardíacas, a exemplo de marcapassos. Além disso, os pacientes ficam internados esperando pelos procedimentos e existem pessoas há mais de 60 dias na lista de espera, ocupando um leito e se expondo aos riscos de ficar dentro de um hospital”, afirma o diretor do Simers por meio de nota, Daniel Wolff.
Ainda segundo o Simers, o depósito do FGTS não está sendo realizado e apenas alguns CLTs estão em dia, com as férias de todos canceladas. A entidade médica ressalta que "o hospital está sob intervenção municipal e está prevista a troca da gestão para janeiro de 2025, quando sai a Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (Funam) e entra a Associação Saúde em Movimento (ASM)".