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Publicada em 04 de Dezembro de 2024 às 17:14

Brasil tem menor nível de pobreza desde o início da série histórica, aponta IBGE

Região Sul registra o menor índice de extrema pobreza, com 1,7% da população

Região Sul registra o menor índice de extrema pobreza, com 1,7% da população

TÂNIA MEINERZ/JC
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Agência Brasil
O Brasil encerrou 2023 com os menores índices de pobreza e extrema pobreza registrados pela Síntese de Indicadores Sociais (SIS), levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012. Mesmo com os avanços, os dados divulgados nesta quarta-feira (4) apontam que 58,9 milhões de brasileiros ainda viviam na pobreza, enquanto 9,5 milhões estavam em extrema pobreza. O estudo considera a chamada pobreza monetária, definida pela insuficiência de renda para garantir o bem-estar. Seguindo os critérios do Banco Mundial, pessoas com renda inferior a US$ 2,15 por dia (cerca de R$ 209 mensais) são classificadas em extrema pobreza, enquanto menos de US$ 6,85 por dia (cerca de R$ 665 mensais) caracteriza a pobreza.
O Brasil encerrou 2023 com os menores índices de pobreza e extrema pobreza registrados pela Síntese de Indicadores Sociais (SIS), levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012. Mesmo com os avanços, os dados divulgados nesta quarta-feira (4) apontam que 58,9 milhões de brasileiros ainda viviam na pobreza, enquanto 9,5 milhões estavam em extrema pobreza.

O estudo considera a chamada pobreza monetária, definida pela insuficiência de renda para garantir o bem-estar. Seguindo os critérios do Banco Mundial, pessoas com renda inferior a US$ 2,15 por dia (cerca de R$ 209 mensais) são classificadas em extrema pobreza, enquanto menos de US$ 6,85 por dia (cerca de R$ 665 mensais) caracteriza a pobreza.
LEIA MAIS: Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE

A proporção de brasileiros em extrema pobreza recuou para 4,4% da população, em comparação com 6,6% em 2012 e 5,9% em 2022. Entre 2022 e 2023, 3,1 milhões de pessoas superaram essa condição, passando a ganhar mais de US$ 2,15 por dia. No caso da pobreza, o índice caiu para 27,4%, contra 34,7% em 2012 e 31,6% em 2022. Esse avanço significou que 8,7 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza no último ano.

De acordo com o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, o mercado de trabalho e os programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), desempenharam papéis centrais na redução da pobreza.

“O mercado de trabalho tem maior influência na redução da pobreza, enquanto os benefícios sociais são mais relevantes para a extrema pobreza”, explica Perez. Ele destaca que o aumento no valor médio do Bolsa Família em 2023, comparado ao Auxílio Brasil de 2022, foi crucial para a continuidade da queda nos indicadores.

Desigualdades regionais e sociais

Apesar das melhorias, as desigualdades regionais permanecem marcantes. O Nordeste concentra 9,1% da população em extrema pobreza, mais que o dobro da média nacional (4,4%), enquanto o Sul registra o menor índice, de 1,7%. No caso da pobreza, o Nordeste lidera com 47,2% da população nessa condição, enquanto o Sul apresenta 14,8%, menos da metade da média nacional.

Ainda, o IBGE constata que as maiores vítimas da pobreza e extrema pobreza são as mulheres, negros (conjunto de pretos e pardos) e jovens:
Gênero: 28,4% das mulheres vivem na pobreza, contra 26,3% dos homens. Na extrema pobreza, os índices são 4,5% e 4,3%, respectivamente.
Raça: Entre brancos, 17,7% são pobres, comparados a 35,5% dos pardos e 30,8% dos pretos. Na extrema pobreza, os percentuais são 2,6% para brancos, 6% para pardos e 4,7% para pretos.
Idade: Jovens enfrentam os maiores índices. Entre crianças e adolescentes de até 15 anos, 44,8% vivem na pobreza, seguidos por 29,9% na faixa de 15 a 29 anos. Já entre pessoas com mais de 60 anos, as taxas de pobreza (11,3%) e extrema pobreza (2%) são inferiores à média nacional, em parte devido ao acesso a aposentadorias e pensões.

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