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Publicada em 25 de Novembro de 2024 às 21:06

Inteligência Artificial identifica 2,6 mil buracos nas ruas da Capital em um mês de operação

Levantamento abrangeu cerca de 49% dos 3,4 mil quilômetros de vias urbanas do município

Levantamento abrangeu cerca de 49% dos 3,4 mil quilômetros de vias urbanas do município

Divulgação/SMSURB/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Após o primeiro mês de operação, um sistema de inteligência artificial contratado pela prefeitura de Porto Alegre identificou 2,6 mil buracos nas ruas da cidade. Parte do Sistema de Gestão Integrada de Pavimentos (Gipav-POA), o projeto utiliza veículos de aplicativos equipados com câmeras e sensores para monitorar as condições das vias em tempo real e direcionar os reparos necessários.
Após o primeiro mês de operação, um sistema de inteligência artificial contratado pela prefeitura de Porto Alegre identificou 2,6 mil buracos nas ruas da cidade. Parte do Sistema de Gestão Integrada de Pavimentos (Gipav-POA), o projeto utiliza veículos de aplicativos equipados com câmeras e sensores para monitorar as condições das vias em tempo real e direcionar os reparos necessários.
A tecnologia opera com 30 carros adaptados com câmeras no painel e sensores próximos às rodas. Esses dispositivos registram imagens e detectam imperfeições como buracos, trincas e desníveis. As informações são enviadas a uma plataforma que classifica as ruas em cinco categorias, de "ótimo" a "péssimo", gerando ordens de serviço para guiar as intervenções.
O levantamento inicial analisou cerca de 49% dos 3,4 mil quilômetros da malha viária do município. Entre as vias avaliadas, 52% foram classificadas como "ótimas" ou "boas", e, somando a condição "regular", o índice chega a 73%. Já 27% das ruas estão em estado "ruim" ou "péssimo", sendo 11% em condições críticas.
Os dados são enviados semanalmente e, ao longo dos próximos dois anos, todas as vias da cidade seguirão sendo monitoradas. O sistema também permitirá, em breve, a atualização do mapeamento do tipo de pavimento (asfalto, concreto, paralelepípedo ou não pavimentado) e integrará informações sobre licenças para obras viárias realizadas por empresas e concessionárias, possibilitando acompanhamento e cobrança de reparos.
Como o monitoramento é feito por carros de aplicativo que circulam por diferentes áreas, não há uma concentração regional nas análises iniciais. Segundo o secretário municipal de Serviços Urbanos, Marcos Felipi Garcia, os grandes centros já foram mapeados, mas ruas internas de alguns bairros ainda aguardam cobertura.
“Grande parte da cidade já foi mapeada. Há carros passando por todas as regiões, mas em alguns bairros ainda existem ruas não visitadas. Com o tempo, os dados se tornam mais precisos, já que os veículos circulam continuamente. Recebemos atualizações semanais e nosso conhecimento sobre as condições das vias aumenta progressivamente”, destaca.
De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), o cadastro atualizado da situação das vias não era realizado há pelo menos 20 anos. A tecnologia está sendo viabilizada com um investimento anual de R$ 2,85 milhões, em um contrato de dois anos com a empresa Intelicity Informática Rastreamento e Telemetria, de São Paulo. Os recursos integram um financiamento de R$ 60 milhões contratado pelo município junto ao Banco do Brasil, em 2022, destinado à melhoria do sistema viário.
“Esse sistema traz mais transparência e eficiência à gestão pública, permitindo o melhor uso dos recursos e justificando intervenções com base em dados. Ele veio para ficar e transformar a realidade da gestão de pavimentos da cidade”, conclui Garcia.

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