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Publicada em 21 de Novembro de 2024 às 08:56

Universitário é morto pela PM em abordagem em São Paulo

Marco Aurélio estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi

Marco Aurélio estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi

Redes Sociais/Reprodução/JC
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Agência Estado
O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu nesta quarta-feira (20) após ser baleado durante uma abordagem da Polícia Militar na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Imagens da câmera de segurança de um hotel do bairro mostram o jovem correndo, seguido de um policial militar que o puxa pelo braço, empunhando a arma.
O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu nesta quarta-feira (20) após ser baleado durante uma abordagem da Polícia Militar na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Imagens da câmera de segurança de um hotel do bairro mostram o jovem correndo, seguido de um policial militar que o puxa pelo braço, empunhando a arma.
Um segundo policial aparece no vídeo, dando um chute no jovem, que segura seu pé e o faz se desequilibrar. Em seguida, o policial de arma em punho dispara na altura do peito do rapaz.
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Na versão divulgada pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), o jovem teria golpeado uma viatura e tentado fugir em seguida. Ainda de acordo com as informações da SSP, ele teria investido contra os policiais ao ser abordado e foi ferido por um disparo. Ele foi levado ao Hospital Ipiranga, mas morreu na manhã de ontem.

A arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia, e as polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte. "Os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e ficarão afastados até a conclusão das investigações", afirma a pasta.

Ainda segundo a SSP, as imagens registradas pelas câmeras corporais dos PMs serão anexadas aos inquéritos da Corregedoria da Polícia Militar e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Ouvidoria das Polícias acompanhará o caso. "Já temos manifestado preocupação em relação aos números da letalidade policial no Estado de São Paulo, e abrimos procedimentos, vamos acompanhar a apuração dessa morte, sempre apelando para que as nossas forças policiais reduzam o nível de atuação com letalidade e garantam a vida das pessoas", afirmou o ouvidor das Polícias, Cláudio Aparecido da Silva. "Nós vamos acompanhar, vamos pedir as câmeras corporais."

De janeiro a setembro, a polícia de São Paulo matou 496 pessoas, o maior número para o período desde 2020, quando ocorreram 575 mortes.

Marco Aurélio estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi e integrava o time de futsal do curso. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirma que o estudante será lembrado com amor e carinho, e recorda momentos do colega em quadra. "Que você encontre a paz", diz a postagem da Atlética de Medicina da Anhembi Morumbi.

O estudante, que também era cantor de funk, usava seu nome artístico, MC Boy da VM, nas redes sociais e também era conhecido pelo apelido "Bilau". Ele se apresentava como mestre de cerimônias e compositor no Instagram.

Em entrevista à TV Record, os pais do estudante cobraram a PM e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Quem vai devolver meu filho?", lamentou o cardiologista Julio Cesar Acosta Navarro, professor colaborador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

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