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Publicada em 19 de Novembro de 2024 às 19:07

Maior escola municipal de Porto Alegre recebe doação de 1,5 mil móveis

Mobiliário foi entregue pelo Instituto Cultural Floresta nesta terça-feira

Mobiliário foi entregue pelo Instituto Cultural Floresta nesta terça-feira

Julio Ferreira/PMPA/Divulgação/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
A união do poder público com a sociedade civil possibilitou a entrega de 1,5 mil móveis na Escola Municipal de Educação Básica Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha, maior instituição da rede de ensino municipal de Porto Alegre, localizada no bairro Sarandi. A expectativa da direção é iniciar o próximo ano letivo no espaço, que ainda se recupera dos impactos da enchente de maio. O mobiliário foi entregue na tarde desta terça-feira (19) pelo Instituto Cultural Floresta, que também atua na montagem. Entre os móveis, estão 570 classes de aula, 685 cadeiras, 40 bancos, 20 mesas de refeitórios, 30 mesas para professores, 30 conjuntos de mesa e cadeiras para crianças de 2 a 5 anos.
A união do poder público com a sociedade civil possibilitou a entrega de 1,5 mil móveis na Escola Municipal de Educação Básica Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha, maior instituição da rede de ensino municipal de Porto Alegre, localizada no bairro Sarandi. A expectativa da direção é iniciar o próximo ano letivo no espaço, que ainda se recupera dos impactos da enchente de maio.

O mobiliário foi entregue na tarde desta terça-feira (19) pelo Instituto Cultural Floresta, que também atua na montagem. Entre os móveis, estão 570 classes de aula, 685 cadeiras, 40 bancos, 20 mesas de refeitórios, 30 mesas para professores, 30 conjuntos de mesa e cadeiras para crianças de 2 a 5 anos.
“O Floresta teve essa preocupação com a melhoria da educação pública e da segurança. A crise acabou gerando uma oportunidade de ajudar”, reforça o presidente do Conselho Consultivo do instituto, Claudio Goldsztein.
A ação foi articulada pela Associação de Escolas Privadas de Educação Infantil do RS, com o apoio dos movimentos SOS Educação RS e Formiguinhas pelo RS. Os itens, no entanto, foram adquiridos através de doação de recursos pela plataforma de financiamento coletivo Vakinha Online.

“Quando a enchente começou, vimos que precisávamos atuar de uma forma mais ativa do que em setembro [catástrofe que atingiu, principalmente, o Vale do Taquari]”, explica o CEO da plataforma, Luiz Felipe Gheller. Aberta no dia primeiro de maio, a campanha arrecadou R$ 834.504,70 para mobiliar cinco escolas municipais atingidas pela força da água. Além da Liberato, serão atendidas as escolas Giudice, Porto Alegre, João Goulart e Migrantes.

Segundo o secretário de Educação de Porto Alegre, Maurício Gomes da Cunha, as entidades mencionadas estão envolvidas desde o começo da reconstrução do espaço. “O Floresta está conosco em cinco escolas e o mais interessante é que a enchente estreitou laços da sociedade civil com o poder público, o que nos permite vislumbrar o futuro”.

Alunos realizam atividades presenciais três vezes na semana

Oito salas de aula, localizadas no térreo, foram impactadas pela enchente, segundo a vice-diretora Rosella Bruxel

Oito salas de aula, localizadas no térreo, foram impactadas pela enchente, segundo a vice-diretora Rosella Bruxel

Fabrine Bartz/Especial/JC
Quase sete meses depois das enchentes, as obras na EMEB Liberato estão 98% concluídas, a partir de um investimento de R$ 7,95 milhões doados pelas empresas Ambev e Gerdau, por meio do Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática da prefeitura de Porto Alegre.

Embora a previsão de conclusão seja para o final de novembro, os alunos devem retornar ao espaço apenas no próximo ano letivo. Conforme o secretário da Smed, Maurício Cunha, “todo prédio foi reformado”. Além dos impactos da enchente, houve melhorias no elevador e no auditório, além da instalação de escadas.
“Havia um problema de PPCI (Plano de Prevenção e Proteção de Combate a Incêndio), foram construídas cinco escadas de metal, com portas corta-fogo e a parte elétrica refeita”, complementa o secretário.
Atualmente, os 1,7 mil alunos realizam as atividades no sistema híbrido, com três aulas presenciais em diferentes espaços que foram cedidos temporariamente. “Estamos de uma forma bem rudimentar, mas o que era um pesadelo virou um sonho. Os alunos, quando passam, veem a escola bonita, e estão ansiosos pela volta”, conta a vice-diretora Rosella Bruxel de Quadros.

Das 27 salas de aula, todas as localizadas no térreo foram impactadas. “No dia 3 de maio, a escola ficou alagada e a nossa primeira preocupação foi ver o que sobrou. Depois, para onde iríamos com os 1,7 mil alunos”, lembra Rosella. A locomoção dos alunos para os espaços temporários é realizada com um ônibus específico para esta finalidade.

Ao todo, 14 escolas próprias da prefeitura foram impactadas pelas enchentes. Destas, sete retornaram aos prédios próprios: Giudice, Porto Alegre, João Goulart e EMEIs Cantinho Amigo, Patinho Feio, Ilha da Pintada e Meu Amiguinho. Além da Liberato, outras seis escolas realizam as atividades em espaços temporários: Migrantes e EMEIs Passarinho Dourado, Tio Barnabé, Humaitá, Vila Elizabeth e Miguel Velasquez.

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