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Publicada em 21 de Novembro de 2024 às 20:07

Obras do Quadrilátero Central devem ser entregues ainda em 2024

Após a finalização dos serviços, a administração municipal terá três meses para efetuar eventuais reparos

Após a finalização dos serviços, a administração municipal terá três meses para efetuar eventuais reparos

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Mais de dois anos após o início das obras de revitalização na região do Quadrilátero Central, no Centro Histórico de Porto Alegre, a prefeitura da Capital garante que ao menos 90% da etapa bruta do projeto, que inclui a pavimentação, está concluída. A intervenção, iniciada em junho de 2022, está atrasada e já passou por adiamentos - um deles provocado pela enchente de maio. No entanto, segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), os trabalhos têm fluído bem e devem ser finalizados ainda neste ano.
Mais de dois anos após o início das obras de revitalização na região do Quadrilátero Central, no Centro Histórico de Porto Alegre, a prefeitura da Capital garante que ao menos 90% da etapa bruta do projeto, que inclui a pavimentação, está concluída. A intervenção, iniciada em junho de 2022, está atrasada e já passou por adiamentos - um deles provocado pela enchente de maio. No entanto, segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), os trabalhos têm fluído bem e devem ser finalizados ainda neste ano.
Atualmente, segundo a pasta, as atividades se concentram em três pontos: na avenida Borges de Medeiros, entre a Rua dos Andradas e a José Montaury, onde estão sendo finalizados o passeio no lado par, o assentamento de meio-fio e o plantio de grama no canteiro central; no trecho seguinte, até a Sete de Setembro, com a instalação de balizadores metálicos e uma rampa de asfalto para ajustar o novo pavimento ao paralelepípedo; e na rua Doutor Flores, entre as ruas dos Andradas e General Vitorino, com foco na repavimentação. 
"Já alcançamos cerca de 95% de execução física da obra. Estamos avançando bastante. Na Borges, por exemplo, chegamos à fase de colocar grama, podar vegetais e instalar iluminação pública. O próximo passo será finalizar a instalação dos postes ao longo da Andradas, Uruguai e Borges", detalha o secretário de Obras e Infraestrutura, André Flores.
Até o momento, a prefeitura de Porto Alegre investiu R$ 16,6 milhões no projeto, que prevê calçadas acessíveis, redes subterrâneas, nova iluminação e melhorias no paisagismo da região. Conforme explica Flores, mesmo após a conclusão das obras, é estipulado em contrato um prazo de até três meses para a realização de ajustes.
"Nossa expectativa é finalizar a estrutura principal até o fim do ano e, depois, dedicar os meses seguintes aos acabamentos. Ajustes em blocos intertravados, postes de luz, floreiras, lixeiras... Para se ter uma ideia, são 16 mil metros quadrados de calçadas. É natural que alguns pontos precisem ser refeitos", completa.

Obras causam transtornos ao cotidiano

O Quadrilátero Central de Porto Alegre é composto pelas vias General Vitorino, Doutor Flores, Vigário José Inácio, Marechal Floriano, Andradas, Otávio Rocha, Voluntários da Pátria e Borges de Medeiros. Andando pelo Centro Histórico, é possível perceber que as principais atividades estão concentradas na Borges, enquanto na Andradas e na Doutor Flores há áreas bloqueadas, mas sem a presença de equipes da prefeitura.
A Doutor Flores, inclusive, é onde o cenário está mais crítico, com bloqueios que dificultam o trânsito de veículos. Lá, conforme relata o porteiro Juliano Moreira, de 47 anos, os transtornos têm sido constantes.
"Muita sujeira, poeira, falta de sinalização. Quando chove, a água leva a areia e vira um caos.  Ali na frente [próximo ao cruzamento com a Andradas], por exemplo, eles fizeram o serviço, mas estava afundando e depois precisaram refazer, gerando mais transtornos. Sem falar no trânsito, que fica horrível, principalmente nos horários de pico", reclama o profissional, que trabalha na rua desde o inicio das revitalizações.
Já na Andradas, Mário Santos, aposentado de 77 anos, critica as dificuldades de mobilidade. "Para idosos, é complicado. A poeira, os buracos, barulho. Nos locais em que as obras já terminaram ficou bonito, mas o caminho até lá ainda é cheio de problemas", conta.
A reclamação também é compartilhada por um comerciante, que pediu para não ser identificado. Ele relata que as obras afastam clientes e prejudicam o movimento. “Com tanta bagunça, as pessoas evitam passar por aqui. Sem sermos vistos, ficamos esquecidos.”
Questionado sobre os transtornos, o secretário André Flores afirma considerar normal que uma obra dessa magnitude impacte no dia a dia da população. Ele reitera, porém, que a longo prazo o projeto irá valer a pena.
"Toda obra causa transtornos, especialmente em uma área como o Centro, por onde circulam cerca de 400 mil pessoas por dia. No entanto, acreditamos que o legado será extremamente positivo. Para quem tiver dúvidas, basta olhar para a Otávio Rocha e a Vigário, que, na minha opinião, estão lindíssimas. Não existe obra bonita, bonito é o resultado da obra", finaliza.
 

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