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Publicada em 13 de Novembro de 2024 às 13:15

Pacto nacional quer criar ecossistema integrado de saúde e inovação

O Pacto Nacional "Saúde do Futuro, Hoje" foi assinado durante evento em Porto Alegre

O Pacto Nacional "Saúde do Futuro, Hoje" foi assinado durante evento em Porto Alegre

Marcelo Matusiak/Divulgação/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
Com o propósito de integrar os ecossistemas de inovação em saúde no Brasil e desenvolver o ambiente de tecnologia, foi assinado nesta terça-feira (12) o “Pacto Saúde do Futuro, Hoje”. O acordo foi firmado durante o Health Meeting - Business & Innovation, evento que ocorre até esta quarta-feira (13) na Pucrs em Porto Alegre. Aderiram ao Pacto a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), o Sindicato dos Hospitais de Porto Alegre (Sindihospa), WAC Global Tech, Grupo DOC e a prefeitura de Porto Alegre.
Com o propósito de integrar os ecossistemas de inovação em saúde no Brasil e desenvolver o ambiente de tecnologia, foi assinado nesta terça-feira (12) o “Pacto Saúde do Futuro, Hoje”. O acordo foi firmado durante o Health Meeting - Business & Innovation, evento que ocorre até esta quarta-feira (13) na Pucrs em Porto Alegre. Aderiram ao Pacto a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), o Sindicato dos Hospitais de Porto Alegre (Sindihospa), WAC Global Tech, Grupo DOC e a prefeitura de Porto Alegre.

O projeto começou na capital gaúcha e foi idealizado por Lísia Buarque, co-fundadora da WAC Global Tech e diretora da Associação Brasileira de Startups de Saúde e Healthtechs (ABSS). A iniciativa ocorre em outras cidades com hubs de inovação e saúde e já foi firmado no Rio de Janeiro e Recife. O ecossistema vai conectar startups e companhias de tecnologia com instituições de saúde, promovendo e melhorando o acesso ao sistema de saúde. Investidores e outras instituições também participarão.
A ideia surgiu a partir da percepção de que existem muitos empreendedores na área de inovação, porém as tecnologias não chegam para o cliente final. Isso ocorre, diz Lísia, independentemente da classe social, até porque as instituições nem sempre estão preparadas para levar as novidades à população. “Vemos que existem setores de inovação, mas não existe uma cultura de inovação dentro de instituições de saúde, na grande maioria. O nosso objetivo é trabalhar nas duas pontas e conectar as partes”, explica.
O Pacto vai possibilitar a gestão estratégica e o preparo das empresas para que elas se integrem às instituições de saúde, que, por sua vez, se comprometem a estarem abertas para analisar as inovações. Além de Lísia, participaram da assinatura o secretário da Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter; o secretário de Inovação da Capital, Luiz Carlos Pinto; o gerente administrativo da AMRIGS, Ronald Greco; José Floriani, do Grupo DOC e Daniel Giaccheri, vice-presidente do SindiHospa.
"A AMRIGS tem um papel muito significativo, que é ajudar a sociedade, especialmente em momentos de crise, como a catástrofe que vivemos no Rio Grande do Sul. No entanto, é importante ressaltar que o propósito da entidade é a ciência. Portanto, tudo o que se relacionar a inovação, ciência e o desenvolvimento da sociedade e das especialidades médicas, estaremos presentes e seremos parceiros", afirmou Greco.
“O futuro já é hoje. Tudo é um ecossistema. A gente trabalha em parceria pela saúde. Sem saúde ninguém estaria aqui. É uma honra representar o Sindihospa diante desse pacto, que traz inovações, tecnologia e sinergia”, elogiou Giaccheri, do SindiHospa.
Da perspectiva de como o Pacto se reverterá em benefícios às, Lísia cita o fato de que atualmente 40% da população com diabetes não foi diagnosticada ainda, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, mais de 60% da população aos 40 anos já possui Doenças Crônica Não Transmissíveis (DCNTs) mas não sabe. “Essas doenças silenciosas não aparecem e precisamos que essas novas tecnologias cheguem a essas pessoas. Por isso, outro objetivo do Pacto é iniciar com tecnologias de saúde preventivas ou de intervenção e rastreio precoce para mudar esses números”, salienta.

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