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Publicada em 08 de Novembro de 2024 às 12:19

Estação de monitoramento da qualidade do ar entra em operação em Porto Alegre

A estação está montada no Centro Estadual de Treinamento Esportivo do Rio Grande do Sul (Cete), em Porto Alegre

A estação está montada no Centro Estadual de Treinamento Esportivo do Rio Grande do Sul (Cete), em Porto Alegre

Maria Amélia Vargas/Especial/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
A fumaça das fortes queimadas originadas da Amazônia que chegou ao Rio Grande do Sul em agosto e setembro deste ano anteciparam o plano do governo estadual de reforçar a rede de monitoramento da qualidade do ar em solo gaúcho. Sendo assim, em contrato emergencial de seis meses, entrou em operação nesta sexta-feira (8) uma estação para este fim montada no Centro Estadual de Treinamento Esportivo do Rio Grande do Sul (Cete), no bairro Menino Deus, em Porto Alegre.
A fumaça das fortes queimadas originadas da Amazônia que chegou ao Rio Grande do Sul em agosto e setembro deste ano anteciparam o plano do governo estadual de reforçar a rede de monitoramento da qualidade do ar em solo gaúcho. Sendo assim, em contrato emergencial de seis meses, entrou em operação nesta sexta-feira (8) uma estação para este fim montada no Centro Estadual de Treinamento Esportivo do Rio Grande do Sul (Cete), no bairro Menino Deus, em Porto Alegre.
Conforme explica o diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato das Chagas e Silva, este instrumento passa a acompanhar os dados de Porto Alegre, que estava sem cobertura desde 2015. De acordo com ele, o novo modelo de contratação de serviços em vez de compra de estações busca garantir manutenção e atualização contínua das estações, evitando problemas de descontinuidade tecnológica.
“O equipamento segue critérios técnicos estabelecidos pela resolução 506 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e padrões internacionais, garantindo dados confiáveis e acessíveis para toda a população, além de fornecer diretrizes para sua aplicação”, garante o dirigente.
O investimento inicial, segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), é de R$ 275 mil, com previsão de gastos adicionais de cerca de R$ 8 milhões para novas estações fixas, a serem instaladas na Capital, Santa Maria e Caxias do Sul. Também está em andamento o processo de aquisição de uma estação móvel de monitoramento da qualidade do ar.
“Hoje nós temos algumas estações distribuídas junto a empreendimentos que têm potencial poluidor atmosférico e nós queremos avançar nessas soluções. Procurávamos, enquanto Estado, um modelo permanente e seguro, porque estas estações têm alto custo agregado”, afirma a titular da pasta, Marjorie Kauffmann.
Segundo Renato Santiago, gerente técnico da empresa contratada para o serviço – a Ambiental RB, do Rio de Janeiro –, o aparelho tem capacidade de gerar, automaticamente, dados sobre a qualidade do ar a partir de material particular no parâmetro PM2,5 (um tipo de poluente atmosférico composto por partículas sólidas de poeira com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros), CO, SO2, NO, NO2 e NOX e o outro equipamento mede o O3.
Todos eles são calibrados mensalmente, tem um sistema de calibração, todos analisadores seguem a norma EPA (da Agência de Proteção Ambiental norte-americana). Os dados são mandados em tempo real para o Rio de Janeiro, que os encaminha imediatamente para o RS”, detalha o gestor. Ele acrescenta que a base também conta com equipamentos meteorológicos capazes de medir a direção e a velocidade dos ventos, a temperatura, a umidade do ar e a pressão atmosférica.

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