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Publicada em 06 de Novembro de 2024 às 20:27

Desmatamento na amazônia cai 30,6%, com menor taxa em 9 anos

Dados do Inpe também apontam uma queda de 25,7% no índice de desmatamento no cerrado

Dados do Inpe também apontam uma queda de 25,7% no índice de desmatamento no cerrado

DOUGLAS MAGNO/AFP/JC
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Folhapress
O desmatamento na amazônia de agosto de 2023 a julho deste ano teve uma redução de 30,6% comparado ao mesmo período anterior, segundo dados apresentados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nesta quarta-feira (6). Esse índice corresponde a uma perda de vegetação nativa de uma área de 6.288 km², o que corresponde ao menor patamar em nove anos, de acordo com o governo federal.
O desmatamento na amazônia de agosto de 2023 a julho deste ano teve uma redução de 30,6% comparado ao mesmo período anterior, segundo dados apresentados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nesta quarta-feira (6). Esse índice corresponde a uma perda de vegetação nativa de uma área de 6.288 km², o que corresponde ao menor patamar em nove anos, de acordo com o governo federal.
Os dados do Inpe também apontam uma queda de 25,7% no índice de desmatamento no cerrado, com uma perda de vegetação equivalente a 8.174 km². No entanto, é o segundo ano seguido em que o índice de desmatamento do cerrado é superior ao da amazônia. Os dados foram divulgados durante evento no Palácio do Planalto. Inicialmente, estava prevista a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ele acabou cancelando a agenda de última hora.
Os números fazem parte do programa Prodes (Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite), o principal indicador para desmatamento, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). "Já no primeiro ano [do governo Lula] houve uma redução dessa tendência [de alta do desmatamento] e isso se concretizou no ano passado numa queda de 22,3% em relação a 2022. E depois este ano a gente apresentou uma nova queda, ainda mais expressiva, de 30,6%, em relação ao dado do ano passado", afirmou Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra e diretor substituto do Inpe.
"A queda desse ano ela se soma à queda do ano anterior e com isso há uma queda de mais de 45% em relação a 2022. E a diferença desses dois anos, se o desmatamento tivesse continuado como em 2022, a diferença que teríamos para o resultado realmente encontrado seria de mais de 790 mil hectares que foram poupados, que não foram desmatados", completou.
Os dados do período anterior - de agosto de 2022 a julho de 2023 - que foram apresentados em maio deste ano haviam apresentado uma redução de 21,8% comparado com o período anterior. Houve o registro naquele período de perda de vegetação nativa em área equivalente a 9.064 km². O Ministério do Meio Ambiente explica que a diferença dos dados anteriores -entre os 21,8% apresentados em maio e os 22,3% citados hoje- se dá por ajustes que são feitos nos dados.
Aquele havia sido o menor patamar desde 2018, quando foram perdidos 7.536 km² no bioma. Os dados do programa ainda mostra redução de 9,2% do desmatamento no pantanal (723,13 km²) em comparação com o período anterior. Houve ainda queda de 6,6% nos dados sobre a área não florestal do bioma amazônico.
O Brasil estará no centro dos debates referentes à preservação do meio ambiente e mudança do clima, pois vai sediar no ano que vem a COP 30, em Belém (PA). O governo Lula então busca melhorar os seus resultados ambientais, após os anos de retrocessos ambientais durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
A delegação brasileira também na semana que vem para participar da COP 29), em Baku, no Azerbaijão. Após ter sofrido um acidente doméstico, o presidente Lula decidiu cancelar a sua participação. O país será representado pelo vice Geraldo Alckmin (PSB).

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