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Publicada em 25 de Outubro de 2024 às 16:24

Meio ano depois, inquérito do incêndio da pousada Garoa está na fase final

Incêndio na Pousada Garoa completa seis meses neste sábado

Incêndio na Pousada Garoa completa seis meses neste sábado

Camila Schäfer/ASCOM DPE/RS/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Depois de seis meses do incêndio na unidade da Pousada Garoa, localizada na avenida Farrapos, no Centro de Porto Alegre, o inquérito instaurado pela Polícia Civil está na fase final. Segundo o delegado Daniel Ordahi, responsável pelo caso, o resultado “será divulgado nos próximos dias”. O incêndio, que ocasionou a morte de 11 pessoas e deixou outras 14 feridas, completa meio ano neste sábado (26). Até o momento, mais de 50 pessoas foram ouvidas, incluindo os responsáveis pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). “Estamos na fase final do inquérito, mas ainda falta ouvir algumas pessoas. Não tenho como precisar uma data, mas queremos enviar ao Poder Judiciário o mais breve possível”, explicou Ordahi.
Depois de seis meses do incêndio na unidade da Pousada Garoa, localizada na avenida Farrapos, no Centro de Porto Alegre, o inquérito instaurado pela Polícia Civil está na fase final. Segundo o delegado Daniel Ordahi, responsável pelo caso, o resultado “será divulgado nos próximos dias”. O incêndio, que ocasionou a morte de 11 pessoas e deixou outras 14 feridas, completa meio ano neste sábado (26).

Até o momento, mais de 50 pessoas foram ouvidas, incluindo os responsáveis pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). “Estamos na fase final do inquérito, mas ainda falta ouvir algumas pessoas. Não tenho como precisar uma data, mas queremos enviar ao Poder Judiciário o mais breve possível”, explicou Ordahi.
Segundo o Código de Processo Penal (CPP), o inquérito deve ser concluído no prazo de dez dias, se o investigado tiver sido preso, ou no prazo de 30 dias, se estiver solto, mediante fiança ou sem ela. “Quanto mais complexo é o caso, obviamente, mais tempo é necessário para concluir. Como são 11 mortos, é mais demorado”, complementa o delegado Ordahi. De acordo com ele, cada pessoa tem em média seis a sete laudos, entre eles o toxicológico.

As análises dos laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) também são realizadas. Além da complexidade do caso, as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, entre os meses de maio e junho, impactaram na coleta de depoimentos e realização das oitivas. “Parte das pessoas que seriam ouvidas, como responsáveis pela Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, estava envolvida com as chuvas”.
Procurado, um dos sobreviventes, Luiz Henrique da Fontoura, afirmou que ainda não foi ouvido pelas equipes que investigam o caso. A reportagem busca identificar e localizar o restante dos moradores que estavam na pousada no dia do incêndio. Até o momento, não foi divulgado o número de pessoas que estavam no local na noite do dia 26 de abril.

Em nota, a prefeitura de Porto Alegre informou que “não tem mais contrato com pousadas e direcionou para casas de passagem e abrigos municipais o acolhimento da população em situação de rua”. O contrato que estava inativo com a rede de pousadas Garoa foi rompido no dia 9 de outubro. Entre maio e julho, mais de R$ 340 mil foram empenhados à Garoa, segundo o Portal da Transparência.

Segundo a Promotoria dos Direitos Humanos, o município informou ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que foi feito o encaminhamento das pessoas que utilizavam a pousada para outros tipos de programas assistenciais. No entanto, “falta apenas a informação exata de pra onde foi cada um”.

A Investigação Preliminar Sumária (IPS), para apurar os fatos no âmbito da prefeitura sobre o contrato, segue em andamento.

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