O policial militar morto por um atirador de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, Éverton Kirsch Júnior, tinha acabado de se tornar pai. Ele deixa a mulher e um bebê recém-nascido. Kirsch havia ingressado na Brigada Militar em 2018.
Edson Fernando Krippa, de 45 anos, matou três pessoas - dentre elas o pai e o irmão - e feriu nove após ataque iniciado na noite de terça-feira (22), que se estendeu até a manhã desta quarta-feira (23). Ele foi encontrado morto pelos policiais.
Krippa manteve a família em cárcere privado e foi alvo de um cerco que durou dez horas. Mais de cem tiros foram disparados. Segundo a polícia, ele tinha esquizofrenia e ainda há a hipótese de que problemas familiares estavam entre os motivos do ataque.
A Brigada Militar do Rio Grande do Sul declarou luto em razão do falecimento de Kirsch.
"Morto em combate na madrugada da última quarta-feira, o soldado Everton Kirsch ingressou nas fileiras da Brigada Militar em 2018 e pertencia ao 3° Batalha de Polícia Militar, em Novo Hamburgo. O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho. Nesta triste data, a Brigada Militar presta sua homenagem e apoio aos familiares, amigos e colegas", disse a corporação, em nota.
Entre os feridos, havia ainda outros policiais, um guarda municipal, além da mãe e da cunhada do atirador.
A tentativa de negociação da polícia com o atirador aconteceu durante toda a madrugada. Ao perceber a presença dos policiais, o atirador abriu fogo contra a guarnição da polícia, iniciando o confronto. Dentro da casa, a polícia diz que encontrou um grande arsenal e um "cenário de guerra".
"Após tentativa de negociação, conversa, aproximação, em nenhum momento o suspeito foi receptivo. Conseguimos encontrar um número de telefone que seria o dele. Tentamos contato, mas também não foi possível falar com ele", disse o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo.
As residências de vizinhos foram evacuadas como medida de precaução para a negociação. Segundo a Brigada Militar (BM), o suspeito ainda abateu drones que estavam sendo usados durante a ação policial.