Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 21 de Outubro de 2024 às 15:14

Estudo aponta Brasil entre países com menor emissão per capita de gases de efeito estufa

Uso de fontes de energia renováveis contribui para maior controle da poluição

Uso de fontes de energia renováveis contribui para maior controle da poluição

Divulgação Omega Energia/JC
Compartilhe:
Agências
Em 2022, estima-se que a produção e o uso de energia tenham correspondido a apenas 24% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa, devido à matriz energética diversificada e com ampla participação de fontes renováveis.
Em 2022, estima-se que a produção e o uso de energia tenham correspondido a apenas 24% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa, devido à matriz energética diversificada e com ampla participação de fontes renováveis.
Essa informação faz parte do caderno de Meio Ambiente e Energia do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta segunda-feira (21). A análise socioambiental da expansão energética identifica os principais desafios e oportunidades para os próximos dez anos.
Mesmo com o aumento das emissões devido à melhoria dos padrões socioeconômicos do Brasil até 2034, a projeção de 2,4 toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2eq) por habitante mostra que as emissões per capita do país serão baixas em comparação com outras nações, atualmente da ordem de 5,4 tCO2eq/habitante (Europa, OCDE) a 13,8 tCO2eq/habitante (Estados Unidos).
Nesse contexto, são abordadas questões fundamentais que conectam os setores de energia e meio ambiente, com ênfase, neste ciclo do PDE, nos desafios das mudanças climáticas e na transição energética justa e inclusiva. As projeções para o horizonte decenal indicam que os setores de transportes e indústria continuarão sendo os principais emissores, representando 68% das emissões setoriais em 2034.
No entanto, destaca-se uma baixa variação nas emissões do setor de transportes (apenas 12% de aumento entre 2024 e 2034), devido aos avanços de políticas públicas voltadas à substituição de combustíveis fósseis por renováveis, como etanol, biodiesel e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), além de ganhos em eficiência e motorização e o início da adoção de veículos eletrificados.
O estudo também identificou oportunidades socioambientais estratégicas, como o aproveitamento de resíduos para geração de energia, a otimização de recursos e infraestruturas existentes, e a aplicação de práticas sustentáveis e estratégias de descarbonização em projetos energéticos.
A principal estratégia do setor energético para mitigar as emissões é manter a alta participação de fontes renováveis, além de buscar soluções e tecnologias inovadoras, alinhadas às potencialidades do Brasil e ao custo-benefício das alternativas disponíveis.

Notícias relacionadas