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Publicada em 17 de Outubro de 2024 às 18:07

Taxa de evasão escolar tem queda com o Programa Todo Jovem na Escola

Resultados do programa foram divulgados pela primeira vez nesta quinta-feira (17)

Resultados do programa foram divulgados pela primeira vez nesta quinta-feira (17)

Rodrigo Ziebell/Divulgação/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Pessoas do sexo masculino, com idade superior, de raça/cor não branca, que residem em área urbana e não participam do Programa Todo Jovem na Escola (TJE) apresentam um fator de risco maior para evasão escolar no Rio Grande do Sul, segundo dados divulgados pelo governo gaúcho, na tarde desta quinta-feira (17). Com 270 mil alunos no ensino médio, a taxa de abandono geral está em 12% - o que representa um prejuízo de R$ 395 mil reais, por estudante, ao final do ano. Esta é a primeira vez que o governo do Rio Grande do Sul divulga os resultados do programa. Criado ainda em 2021, o Todo Jovem na Escola, iniciativa que garante um auxílio de R$ 150 aos estudantes, passou por, pelo menos, duas adaptações, uma em 2022 e uma recente reformulação neste ano, servindo também como base para o programa Pé-de-Meia, do governo federal. A taxa de abandono do ambiente escolar entre os alunos que participam do programa caiu de 4,2%, em 2022, para 3,6% no ano passado, o que atende a meta estabelecida pelo governo do Estado. “O resultado que esperávamos foi alcançado. Com a reformulação, nossa expectativa é que tenhamos resultados muito melhores”, reforçou o vice-governador Gabriel Souza. A população analisada há dois anos contava com 110.321 estudantes, já em 2023 o número chegou a 135.552 estudantes.
Pessoas do sexo masculino, com idade superior, de raça/cor não branca, que residem em área urbana e não participam do Programa Todo Jovem na Escola (TJE) apresentam um fator de risco maior para evasão escolar no Rio Grande do Sul, segundo dados divulgados pelo governo gaúcho, na tarde desta quinta-feira (17). Com 270 mil alunos no ensino médio, a taxa de abandono geral está em 12% - o que representa um prejuízo de R$ 395 mil reais, por estudante, ao final do ano.

Esta é a primeira vez que o governo do Rio Grande do Sul divulga os resultados do programa. Criado ainda em 2021, o Todo Jovem na Escola, iniciativa que garante um auxílio de R$ 150 aos estudantes, passou por, pelo menos, duas adaptações, uma em 2022 e uma recente reformulação neste ano, servindo também como base para o programa Pé-de-Meia, do governo federal.

A taxa de abandono do ambiente escolar entre os alunos que participam do programa caiu de 4,2%, em 2022, para 3,6% no ano passado, o que atende a meta estabelecida pelo governo do Estado. “O resultado que esperávamos foi alcançado. Com a reformulação, nossa expectativa é que tenhamos resultados muito melhores”, reforçou o vice-governador Gabriel Souza. A população analisada há dois anos contava com 110.321 estudantes, já em 2023 o número chegou a 135.552 estudantes.
“Os alunos não participantes têm 14% mais chances de abandono do que os participantes do programa em 2022, o que aumentou para 62% em 2023”, explica o diretor do Departamento de Planejamento Governamental (Deplan), Henrique Acosta, vinculado à secretaria de Planejamento, Gestão e Governança (SPGG). Entre os comportamentos específicos, a diminuição da taxa de abandono entre participantes indígenas, que passou de 7,6% para 4,4%.

Segundo a secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira, o primeiro ano do ensino médio tem um abandono maior de estudantes, o que vai caindo ao longo dos anos. Este é, inclusive, um dos fatores principais para o novo modelo de ensino médio. “O programa é um estímulo para continuar. O mais grave problema no ensino médio no Rio Grande do Sul é a evasão ou abandono, representando uma perda muito grande em qualificação e recursos - chegando a R$ 395 mil reais por aluno anualmente. 
Em 2024, os resultados serão maiores e melhores do que os anos anteriores”, destaca o vice-governador do Estado, Gabriel Souza. No entanto, ainda não é possível analisar os dados completos, pois as atividades estão em andamento. Os investimentos ainda para 2024 são de R$ 246 milhões, dos quais R$ 112 milhões já foram pagos. Receber três ou mais meses de bolsa é considerado um fator de proteção.

Os dados apresentados na tarde desta quinta-feira também destacam o perfil do público que utiliza o programa Todo Jovem na Escola. Em maioria, são meninas brancas, residentes de áreas urbanas, com 18 anos, que cursam o primeiro ano do ensino médio.

A partir de 2024, o programa passou a funcionar com bolsa de R$ 150 distribuída em quatro fases. Em março, com a matrícula no ensino médio e o registro no Cadastro Único. Entre abril e janeiro, uma bolsa regular mensal, com a exigência de 75% de frequência e um bônus aos estudantes da tempo integral. Já para janeiro está previsto um prêmio engajamento, após a realização das provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar (SAERS) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), além de uma poupança aprovação, duas bolsas em janeiro após a aprovação no ano, permitido saque total apenas no final do ensino médio.

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