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Publicada em 17 de Outubro de 2024 às 18:25

Completando 36 anos, Instituto Kinder planeja ampliar serviços

Instituição segue com objetivo de ampliar o espaço físico e limite de idade para atendimento

Instituição segue com objetivo de ampliar o espaço físico e limite de idade para atendimento

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller Repórter
O Centro de Integração da Criança Especial Kinder completa, nesta quinta-feira (17), 36 anos de atuação. Desde 1988, presta serviço de educação, habilitação e reabilitação a crianças e adolescentes com deficiências múltiplas. Em ambiente de comoção e celebração, a cerimônia de aniversário contou com diversas homenagens a envolvidos no trabalho e na gestão. Para o futuro, a instituição pretende ainda ampliar o espaço físico e o limite de idade para atendimento.
O Centro de Integração da Criança Especial Kinder completa, nesta quinta-feira (17), 36 anos de atuação. Desde 1988, presta serviço de educação, habilitação e reabilitação a crianças e adolescentes com deficiências múltiplas. Em ambiente de comoção e celebração, a cerimônia de aniversário contou com diversas homenagens a envolvidos no trabalho e na gestão. Para o futuro, a instituição pretende ainda ampliar o espaço físico e o limite de idade para atendimento.
Criado em 1988 pela Dra. Bárbara Fischinger, a instituição atende aproximadamente 250 bebês, crianças e adolescentes com deficiências múltiplas. São três frentes de atuação: a primeira, uma escola com metodologia própria e atendimento em dois turnos, desde a educação infantil até o EJA. Adicionalmente, realizam atendimentos de saúde em múltiplas áreas e também assistência social, promovendo inclusão à vida comunitária, enfrentamento dos limites e esclarecimento de direitos.
Lisiane Dias, de 32 anos, mãe da Eduarda, descreve que, apesar de dificultoso conseguir uma vaga no local, "A Kinder era um sonho para a gente desde a Duda bebê, e nesse um ano a gente só tem a agradecer". Ela foi chamada após preencher ficha de inscrição e aguardar uma vaga. 
"A gente se preocupa muito com o 'depois'", afirma Bruna Fontoura, de 32, mãe do Murilo, em relação a idade máxima dos indivíduos atendidos. Segundo ela, causa preocupação o encaminhamento para outras instituições, após a faixa etária máxima de permanência, de 24 anos, por não haver garantia da qualidade de serviços em outros locais. "Quando eles vieram com essa proposta para nós, para aumentar a faixa etária, ficamos muito tranquilas", relata. Seu filho tem 12 anos, e está na Kinder há quatro.
Atualmente, está em funcionamento um projeto piloto com indivíduos acima de 24 anos. Porém, "é a ideia do nosso presidente e do nosso conselho, que a gente possa ter vagas Kinder, que possibilitem que pessoas com idade maior de 24 anos continuem com a gente fazendo esse trabalho, tanto na escola, vinculado ao EJA, quanto na nossa clínica fazendo reforço", descreve a diretora-executiva da Kinder, Denise Ries Russo. Ela acredita que mais vagas nesse modelo já possam ser abertas a partir de 2025.
Denise Ries Russo é Diretora exectutiva da Kinder, Centro de Integração da Criança Especial | THAYNÁ WEISSBACH/JC
Denise Ries Russo é Diretora exectutiva da Kinder, Centro de Integração da Criança Especial THAYNÁ WEISSBACH/JC
Denise também confirmou uma expansão para o terreno ao lado, com aumento de espaços de integração e prestação de outros serviços que agreguem ao serviço central da Kinder, como uma extensão do local. O terreno foi cedido pela prefeitura e, segundo a diretora, segue em etapa de desenvolvimento de projeto.
Profissionais do local descrevem a medida com otimismo. A fisioterapeuta Daiana Herther, por exemplo, trabalha na Kinder há três anos e meio. Nesse tempo, explica que o sonho da fundadora era ampliar o limite de idade, "Aqui, quando a criança completa 18 anos, acaba recebendo alta para conseguirmos atender mais pessoas". Essa alta, porém, foi ampliada para os 24 anos durante a etapa escolar
O trabalho atual da instituição envolve também um suporte gratuito que abrange diversas necessidades, envolvendo táxi para transporte, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, enfermagem, assistência social, médico e neurologista. "Uma grande conquista para as famílias, porque se for colocar no papel o custo que isso teria para cada mãe, seria muito alto", diz Daiana.
A fonoaudióloga e gestora da saúde, Roberta Ribeiro, está há quatro anos no local. Roberta conta que a Kinder recebeu o terreno ao lado com esse objetivo. Porém, possivelmente os atendimentos devem ser liberado antes do novo local estar pronto. "A Denise, nossa diretora, tem a ideia de que, para 2025, a gente já tente conseguir dar um suporte maior aos 18+, nem que seja de atendimentos extras", ressalta. 

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