A poucos dias da abertura da 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, o clima é de expectativa e entusiasmo entre os organizadores do evento. Marcada para ocorrer de 1º a 20 de novembro, das 10h às 20h, a Feira se mantém na sua tradicional casa, a Praça da Alfândega, no Cento Histórico da Capital. Apesar dos estragos causados pela enchente de maio, a praça já está preparada para receber o evento, com os últimos ajustes estruturais em andamento.
"Estamos finalizando a montagem da base e cobertura das barracas e a instalação elétrica. Na próxima semana, começamos a montar as bancas e exposições. Esse período é sempre corrido, mas já estamos acostumados. Recebemos a praça 20 dias antes do evento, e o cronograma é planejado para esse prazo, o que sempre funciona bem", explica Maximiliano Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro.
A cheia histórica do Guaíba, que inundou a Praça da Alfândega em maio, trouxe desafios extras à realização da Feira, mas ele garante que, agora, tudo está caminhando bem. "Este foi um ano desafiador para todos. Tivemos que adiar bastante o fechamento da programação e, em certos momentos, enfrentamos incertezas sobre a liberação da praça. Mas, felizmente, tudo está fluindo. O evento será crucial para a recuperação do setor, especialmente para os expositores mais afetados pela enchente", destaca.
A Feira deste ano chega repleta de novidades e, como sempre, grandes nomes da literatura gaúcha, brasileira e internacional estarão presentes. Ao todo, serão 72 bancas de expositores, oferecendo uma variedade de livros, debates e atividades que buscam agradar desde os leitores mais assíduos até aqueles que querem descobrir uma nova paixão no meio das estantes. O patrono será o escritor Sergio Faraco.
Além das bancas e da ampla programação, que inclui ao menos 176 eventos literários e mais de 700 sessões de autógrafos, a Feira também será um momento de reencontro com o público, que, ano após ano, faz deste evento um dos mais queridos do calendário cultural do Estado. O lema da 70ª edição, "O tempo passeia por aqui", reflete a importância histórica e emocional que a feira carrega para a cidade.
"É um programa popular por ser ao ar livre e sem cobrança de ingresso. O único custo é o livro, e ainda há várias promoções. A Feira tem esse caráter democrático, levando a leitura a quem muitas vezes não frequenta livrarias. São 70 anos sem interrupções, mesmo em tempos de crise, pandemia, e agora enfrentando enchentes. É emocionante ver as pessoas caminhando pela praça, interagindo com os autores e descobrindo novos interesses", conclui Ledur.
A programação da Feira do Livro de 2024 está sendo divulgada diariamente nas redes sociais do evento, promovido pela Câmara Rio-Grandense do Livro. Promovida desde 1955, a Feira é o evento literário mais antigo realizado de forma contínua no Brasil.