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Publicada em 09 de Outubro de 2024 às 10:51

Sem a balsa, moradores de Ametista do Sul têm dificuldades para chegar em Rodeio Bonito

Balsa

Balsa "Santa Bárbara", sofreu apreensão pela Marinha do Brasil

EDEVALDO STACKE/DIVULGAÇÃO/JC
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Osni Machado
Osni Machado Colunista
A população do município de Ametista do Sul também está sofrendo o impacto da apreensão da balsa “Santa Bárbara” pela Marinha do Brasil. As razões, conforme nota da Capitania Fluvial de Porto Alegre, seguem o que estabelece o Art. 3º da Lei nº 9.537, que busca garantir a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações e suas instalações.
A população do município de Ametista do Sul também está sofrendo o impacto da apreensão da balsa “Santa Bárbara” pela Marinha do Brasil. As razões, conforme nota da Capitania Fluvial de Porto Alegre, seguem o que estabelece o Art. 3º da Lei nº 9.537, que busca garantir a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações e suas instalações.
Até o dia5 de outubro, a embarcação realizava a travessia de passageiros e cargas entre os municípios de Rodeio Bonito, Planalto e Alpestre, no Norte do Rio Grande do Sul. A balsa, que pertence a uma empresa privada, passou a ser um importante elo entre os municípios da região, depois que a ponte sobre o rio da Várzea foi destruída nas enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul em maio deste ano e que atingiu diversas localidades gaúchas, inclusive a Região Metropolitana de Porto Alegre.

Na nota encaminhada pela Marinha do Brasil, a companhia informa que durante a inspeção foram constatadas irregularidades documentais e de itens relacionados à segurança e sobrevivência que comprometem seriamente a segurança da embarcação e, por consequência, colocavam em risco a vida dos tripulantes e passageiros.

O Jornal do Comércio fez contato com a prefeitura de Rodeio Bonito e constatou o impacto que a falta da balsa está causando não só para o município, que necessita da ligação com o Distrito de Saltinho. Além disso, Rodeio Bonito conta com um importante hospital que serve de referência em saúde para comunidades próximas.

Há dois meses a balsa estava realizando a travessia, fato que deve permanecer até que uma nova ponte sobre o rio da Várzea seja feita. Ainda, pelo comunicado da Capitania dos Portos, é necessário atender as Normas da Autoridade Marítima n° 202 (Normam- 202) – que responsabilizam o proprietário e operador e exigem o cumprimento de todas as exigências normativas estabelecidas pela autoridade marítima.


Falta de acesso até o hospital causa preocupação de municípios do Norte do Estado


O secretário da Administração do município de Ametista do Sul, Caetano Morlin, entrou em contato com o Jornal do Comércio e também relatou sobre as dificuldades enfrentadas pela falta da balsa. Segundo ele, a apreensão da balsa prejudica diretamente a população. “Há vários pontos que afetam o município, além do aumento da distância a ser percorrida. (Problema) com o transporte de pacientes até Rodeio Bonito, que tem um consórcio de saúde. O hospital, que atende, em alguns casos, os pacientes de Ametista do Sul”, cita.

Morlin fala também do deslocamento de pessoas do município até a Comarca, localizada em Rodeio Bonito e que também atende Ametista do Sul. O mesmo vale para o Cartório, responsável, entre outras atribuições, pelo registro de imóveis. “As pessoas têm que fazer o trajeto via Frederico Westphalen, ou ainda por via Pedras Brancas, via Cristal do Sul, ambas as rotas pegam trechos não pavimentados”, explica.

O secretário detalha que o trajeto, de Ametista do Sul até chegar a Rodeio Bonito, se feito por Frederico Westphalen leva em média uma hora e vinte minutos, isto se for em boas condições de trânsito. “São quase 50 km até Rodeio Bonito e se for por Pedras Brancas a distância é de 38 Km, em média, e o tempo (gasto é de aproximadamente 60 minutos). Com a ponte, a distância é de 15 km, com o tempo de apenas 20 minutos, apesar da rota não ser pavimentada”, detalha. Morlin diz que com a balsa, o tempo aumenta se comparado com o trajeto que era realizado através da ponte. “Mesmo assim, a quilometragem ficava ao redor dos 15 km”. Lembrando que ele defende a importância da balsa para os municípios da região.

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