O nome do cantor sertanejo Leonardo foi incluído na "lista suja" do governo federal de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Emival Eterno da Costa, o nome civil do artista, é relacionado com uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego que, em novembro de 2023, resgatou seis pessoas em situação considerada degradante na fazenda Talismã, em Jussara, no interior de Goiás.
O cantor usou seu perfil no Instagram para dizer em vídeo que a área objeto da ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) estava arrendada para terceiros e que ele não tinha responsabilidade pelos trabalhadores. "Fiquei surpreso e muito triste", disse. "Não conheço quem os colocou naquelas casinhas e, do meu coração, eu jamais faria isso."
A inclusão do nome do cantor ocorreu em uma atualização que a Secretaria de Inspeção do Trabalho, órgão do ministério, fez na lista, incluindo 176 novos nomes de pessoas físicas ou jurídicas. Com o acréscimo, a lista passou a ter 727 nomes. Na operação na fazenda Talismã, foram encontradas seis pessoas em condições degradantes, configurando caso de escravidão contemporânea no Brasil.
A lista é atualizada e divulgada a cada seis meses e visa a dar transparência às ações resultantes das fiscalizações contra o trabalho análogo à escravidão. Segundo o ministério, entre os 176 empregadores, 20 foram apontados pela prática de trabalho análogo à escravidão no setor doméstico. Entre as atividades econômicas com maior número de inclusões estão: produção de carvão vegetal (22 empregadores, sendo 12 de florestas plantadas e 10 de florestas nativas), criação de bovinos (17), extração de minerais (14); cultivo de café e a construção civil (11 empregadores cada).
Em nota, André Roston, coordenador-geral de fiscalização para erradicação do trabalho análogo ao de escravo e tráfico de pessoas do MTE, diz que "a atualização reforça o compromisso do Estado com a transparência e a conscientização da sociedade sobre essa grave violação de direitos humanos".
Criação de gado
A fazenda Talismã tem cerca de mil hectares e sua atividade principal é a pecuária bovina. Em setembro do ano passado, conforme divulgação de Leonardo, a propriedade tinha cerca de 5 mil cabeças de gado. A propriedade fica na região do Rio Araguaia.
Leonardo disse que arrendou parte da fazenda em 2022 para um arrendatário plantar "soja, milho, o que ele quisesse", mas depois disso não viu o que estava acontecendo no local. Ele disse ter sido visitado pelo Ministério Público do Trabalho, que lhe deu uma multa por ser o dono da fazenda. "A gente acertou tudo. Inclusive pagamos essa multa e está tudo arquivado."
O cantor defendeu sua idoneidade e disse que há um "equívoco muito grande". "Eu não me misturo nessa lista aí que eles fizeram de trabalho escravo", afirmou no vídeo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do cantor.
O cantor usou seu perfil no Instagram para dizer em vídeo que a área objeto da ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) estava arrendada para terceiros e que ele não tinha responsabilidade pelos trabalhadores. "Fiquei surpreso e muito triste", disse. "Não conheço quem os colocou naquelas casinhas e, do meu coração, eu jamais faria isso."
A inclusão do nome do cantor ocorreu em uma atualização que a Secretaria de Inspeção do Trabalho, órgão do ministério, fez na lista, incluindo 176 novos nomes de pessoas físicas ou jurídicas. Com o acréscimo, a lista passou a ter 727 nomes. Na operação na fazenda Talismã, foram encontradas seis pessoas em condições degradantes, configurando caso de escravidão contemporânea no Brasil.
A lista é atualizada e divulgada a cada seis meses e visa a dar transparência às ações resultantes das fiscalizações contra o trabalho análogo à escravidão. Segundo o ministério, entre os 176 empregadores, 20 foram apontados pela prática de trabalho análogo à escravidão no setor doméstico. Entre as atividades econômicas com maior número de inclusões estão: produção de carvão vegetal (22 empregadores, sendo 12 de florestas plantadas e 10 de florestas nativas), criação de bovinos (17), extração de minerais (14); cultivo de café e a construção civil (11 empregadores cada).
Em nota, André Roston, coordenador-geral de fiscalização para erradicação do trabalho análogo ao de escravo e tráfico de pessoas do MTE, diz que "a atualização reforça o compromisso do Estado com a transparência e a conscientização da sociedade sobre essa grave violação de direitos humanos".
Criação de gado
A fazenda Talismã tem cerca de mil hectares e sua atividade principal é a pecuária bovina. Em setembro do ano passado, conforme divulgação de Leonardo, a propriedade tinha cerca de 5 mil cabeças de gado. A propriedade fica na região do Rio Araguaia.
Leonardo disse que arrendou parte da fazenda em 2022 para um arrendatário plantar "soja, milho, o que ele quisesse", mas depois disso não viu o que estava acontecendo no local. Ele disse ter sido visitado pelo Ministério Público do Trabalho, que lhe deu uma multa por ser o dono da fazenda. "A gente acertou tudo. Inclusive pagamos essa multa e está tudo arquivado."
O cantor defendeu sua idoneidade e disse que há um "equívoco muito grande". "Eu não me misturo nessa lista aí que eles fizeram de trabalho escravo", afirmou no vídeo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do cantor.