Após um alerta do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) sobre a desassistência em três hospitais de Canoas, na Região Metropolitana, a secretaria de Saúde do município afirmou que o pagamento dos profissionais com carteira assinada está em dia. O atraso na remuneração, no entanto, se repete com as pessoas jurídicas (PJs) individuais. Conforme a pasta, um acordo foi firmado entre os representantes do corpo clínico e a direção dos hospitais Nossa Senhora das Graças (HNSG), Pronto-Socorro (HPSC) e Universitário.
Para o Hospital Universitário e o de Pronto Socorro, 50% dos vencimentos foram realizados na última terça-feira (1º) e a segunda parte deve ser paga nesta semana. A pasta argumenta, em nota, que “para os colaboradores do Nossa Senhora das Graças, a direção da unidade acordou internamente que parte dos valores fossem pagos na última terça, enquanto o restante será feito nos próximos dias”.
Para o Hospital Universitário e o de Pronto Socorro, 50% dos vencimentos foram realizados na última terça-feira (1º) e a segunda parte deve ser paga nesta semana. A pasta argumenta, em nota, que “para os colaboradores do Nossa Senhora das Graças, a direção da unidade acordou internamente que parte dos valores fossem pagos na última terça, enquanto o restante será feito nos próximos dias”.
Ainda no final de setembro, o Simers encaminhou um ofício ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) e ao Conselho Regional de Medicina (Cremers), informando as condições dos hospitais e as possíveis consequências em caso de falta de remuneração. “Temos uma situação cronificada em Canoas, nos últimos cinco anos ocorrem atrasos recorrentes nas remunerações. Em alguns momentos, ocorre melhora, mas não há um período extenso de normalidade”, argumenta o diretor-geral do Simers, Fernando Uberti.
Conforme o presidente do Cremers, Eduardo Trindade, o documento apresentado conta com “denúncias extremamente graves sobre a falta de remuneração médica e apresenta a falta de medicamentos e insumos médicos, como soro fisiológicos, luvas, materiais para urologia e cateter”.
O Cremers irá realizar a fiscalização no setor. O mesmo documento, no entanto, ainda precisa ser avaliado pelo MP-RS. Conforme a denúncia do Simers, disponível no próprio site do sindicato, no Hospital Nossa Senhora das Graças, o “atraso nos repasses é causado por um bloqueio de contas devido às ações trabalhistas”.
Já os médicos do Hospital de Pronto Socorro, que estão alocados no Hospital Nossa Senhora das Graças devido à enchente, enfrentam a “possibilidade de perda de envio de verbas do Programa Assistir ainda neste mês, no valor aproximado de R$ 1.3 milhões”, além do atraso nos pagamentos. No Universitário, no entanto, o pagamento dos médicos foi parcial e a falta de recursos compromete a compra de insumos, com possibilidade de escassez a partir desta semana, segundo o sindicato.
A nota enviada pela secretaria de saúde de Canoas reforça que “todos os hospitais estão abastecidos de insumos”. Além disso, a pasta afirma que não há atraso salarial na UPA Rio Branco, que foi reaberta para atendimentos na semana passada “com estrutura e equipamentos adequados para colaboradores e pacientes”.