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Publicada em 02 de Outubro de 2024 às 20:01

Instituição Educacional São Judas Tadeu enfrenta grave crise financeira

Administradora de Colégio e Faculdade homônimos não abriu matrículas para o próximo ano

Administradora de Colégio e Faculdade homônimos não abriu matrículas para o próximo ano

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Envolto em sucessivas dívidas trabalhistas e enfrentando uma recuperação judicial que supera os R$ 34 milhões, a Instituição Educacional São Judas Tadeu, que há 77 anos opera em Porto Alegre através de faculdade e colégio homônimos, corre risco de falência ainda em 2024. 
Envolto em sucessivas dívidas trabalhistas e enfrentando uma recuperação judicial que supera os R$ 34 milhões, a Instituição Educacional São Judas Tadeu, que há 77 anos opera em Porto Alegre através de faculdade e colégio homônimos, corre risco de falência ainda em 2024
A tentativa de manutenção da entidade se deu por meio de leilões, de R$ 24 milhões e R$ 18,5 milhões, mas foi frustrada por falta de compradores. No momento, há apenas uma proposta na mesa - que desagrada e não foi suficiente para que os professores ainda ativos recebessem um comunicado sobre a não abertura de matrículas para o próximo ano.
Com isso, os cerca de 500 alunos matriculados na Instituição de Ensino já se preparam para a troca. E, segundo o advogado que representa a entidade, Wagner Machado, isso só não ocorrerá caso nos próximos três meses uma venda seja concretizada e o novo comprador opte pela manutenção das operações.
No momento, a única oferta pertence a DLS Incorporadora, por meio de seu sócio Rogério Dal Magro, com valor de R$ 9 milhões, menos que a metade do que o estipulado no primeiro leilão. Ainda, o contrato prevê um repasse da administração para o Grupo Raiz Educação, através de uma nova filial do Colégio Unificado. Conforme Machado, porém, a quantia, além de ser insuficiente para sanar todas as dívidas, também necessitaria de autorização judicial para ser aprovada.
Mesmo já trágica, a situação piora a cada dia na medida em que demissões de professores (sem o pagamento de créditos rescisórios) se sucedem. Não bastando, os 78 colaboradores da instituição convivem há pelo menos dois meses com cortes no salário e já foram informados que não há recursos para o pagamento de mais do que 20% da folha até o final do ano letivo.
De acordo com o representante da Entidade, a reação imediata dos profissionais foi positiva, com demonstrações de empatia e temor pela educação dos estudantes. Mesmo assim, para próxima terça-feira (8), está marcada uma assembleia entre professores do São Judas Tadeu e membros do Sindicato dos Professores do Estado (Sinpro/RS), onde será discutida, inclusive, a possibilidade de encerramento antecipado do período acadêmico ou uma greve imediata. 

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