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Publicada em 26 de Setembro de 2024 às 20:47

Após período crítico de chuvas, Região Sul do Estado inicia processo de retomada

Pelotas foi uma das cidades mais atingidas pela precipitação no Estado

Pelotas foi uma das cidades mais atingidas pela precipitação no Estado

/Nauro Júnior/Satolep Press/Divulgação/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
O evento climático de alta intensidade que atinge todo o Rio Grande do Sul entre esta quarta-feira (25) e quinta-feira (26) começou ainda no domingo (22) para a Zona Sul do Estado. Em municípios como Rio Grande, Pelotas e Camaquã, portanto, as consequências do alto volume de chuvas já não são novidade e parecem começar a cessar, juntamente com a instabilidade.
O evento climático de alta intensidade que atinge todo o Rio Grande do Sul entre esta quarta-feira (25) e quinta-feira (26) começou ainda no domingo (22) para a Zona Sul do Estado. Em municípios como Rio Grande, Pelotas e Camaquã, portanto, as consequências do alto volume de chuvas já não são novidade e parecem começar a cessar, juntamente com a instabilidade.
Conforme explica o coordenador da Defesa Civil na Região, Marcio Facin, as maiores dificuldades para a população do Sul gaúcho começaram no inicio da semana, em municípios mais próximos à Fronteira com o Uruguai, como Jaguarão, Pinheiro Machado e Piratininga. Após, os estragos avançaram em conjunto com a frente fria responsável pelos temporais.
O primeiro grande dano, que surgiu com a queda de granizo e precipitação intensa, foi uma subida no nível do rio Jaguarão, que acabou inundando algumas áreas vizinhas. Na sequência, houve uma preocupação com o município de Pedro Osório, cortado pelo Rio Piratini - onde havia possibilidade de cheia, o que não se concretizou. 
"Essa frente semi-estacionária ficou um tempo parada aqui na Região e, conforme lentamente se movimentava, ia causando estragos. Mas, agora, nós já fazemos uma análise de que a situação começou a estabilizar. Os rios estão em níveis altos, é verdade. Entretanto, como a chuva parou, temos uma trégua e já podemos considerar que o pior passou", destaca.
Os municípios de Rio Grande e Pelotas, maiores da Zona Sul, foram afetados em um segundo momento, conforme explica Facin. Lá, também houve registro de muito granizo e um volume de chuva semanal superior à média prevista para setembro.
Em Rio Grande, como consequência disso, haviam 43 pessoas acolhidas nos abrigos da cidade até o final desta quinta. Os moradores tiveram as residências alagadas pelo transbordamento do Arroio das Cabeças, situado na região da Quinta.
Segundo a Defesa Civil municipal, foram realizados, ao total, 48 resgates de pessoas em consequência dos problemas causados pelos alagamentos. Nesta quinta, porém, não houve nenhum resgate.
De acordo com dados da Sala de Situações da Defesa Civil, o acumulado da precipitação de chuvas nos últimos sete dias em Rio Grande foi de 262,6 mm. Em Pelotas, esse número foi ainda superior, com 270 mm. Também é maior o número de desabrigados: 51, de 19 famílias diferentes.
Após afetar esses municípios, a frente fria avançou em direção ao Norte do Estado, atingindo de forma muito severa Dom Feliciano, Encruzilhada do Sul, Arambaré e Cristal.
Devido à proximidade temporal, portanto, foram nessas cidades que se concentraram as atenções da Defesa Civil Regional na quinta. No momento, com o foco na recuperação, principalmente das casas afetadas, estão sendo realizadas campanhas para angariar recursos, como lonas e telhas.
Porém, conforme ressalta Marcio Facin, é importante destacar que a situação nos municípios do Sul gaúcho é muito distante daquela enfrentada em maio.

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