Embora o Rio Grande do Sul tenha apenas cinco estações de monitoramento da qualidade do ar mantidas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), as universidades mantêm os equipamentos de monitoramento de forma própria. Uma análise realizada pela Feevale apontou que, nas últimas semanas, o ar chegou a apresentar o material particulado (PM2,5) 20 vezes maior que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), chegando a 300.
“O ar sempre esteve em condições que não são adequadas à saúde. Nas últimas semanas, passamos a abrir a janela e enxergar o ar. Isso passou a ser uma preocupação, não podemos enxergar o ar”, destaca a professora Daiane Bolzan do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental da Feevale. O parâmetro utilizado pela OMS indica que o material particulado precisa ser de até 15 microgramas por metro cúbico.
“O ar sempre esteve em condições que não são adequadas à saúde. Nas últimas semanas, passamos a abrir a janela e enxergar o ar. Isso passou a ser uma preocupação, não podemos enxergar o ar”, destaca a professora Daiane Bolzan do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental da Feevale. O parâmetro utilizado pela OMS indica que o material particulado precisa ser de até 15 microgramas por metro cúbico.
Nos últimos oito anos - tempo que a universidade realiza o monitoramento -, o Rio Grande do Sul já apresentava uma concentração de material particulado maior do que a recomendada, devido à poluição veicular. O aumento significativo ocorreu em razão das queimadas na região Central e Norte do Brasil e da presença do vento norte.
Segundo a professora Daiane Bolzan, o material particulado 2,5 corresponde a “partículas muito pequenas que ficam suspensas no ar, elas podem ser sólidas, líquidas, gasosas e incluem vários poluentes, como a fumaça, a fuligem e a própria poeira”. Dessa forma, quanto menor a partícula, maior a probabilidade de ultrapassar a via aérea superior e chegar a inferior - que afeta a circulação e gera problemas inflamatórios como rinites e asmas.
Segundo a professora Daiane Bolzan, o material particulado 2,5 corresponde a “partículas muito pequenas que ficam suspensas no ar, elas podem ser sólidas, líquidas, gasosas e incluem vários poluentes, como a fumaça, a fuligem e a própria poeira”. Dessa forma, quanto menor a partícula, maior a probabilidade de ultrapassar a via aérea superior e chegar a inferior - que afeta a circulação e gera problemas inflamatórios como rinites e asmas.
A Feevale conta com dois equipamentos que realizam o monitoramento da qualidade do ar, uma estrutura fixa e outra móvel. Trata-se de uma bomba, com 1,70 metro, que capta o ar em filtros e simula uma respiração, durante 24 horas. “O filtro tem saído preto, coisa que não era observado antes. Depois, analisamos o que tem nos filtros, se há metais, microplásticos e qual o tipo de poluente”, complementa.
Com a bomba a vácuo, que pode ser deslocada para outros municípios, a análise já foi realizada em cidades como Gramado, Canela e Barão do Triunfo. Os equipamentos são utilizados durante atividades educativas para posterior publicação em artigos científicos. No Sul do Estado, o Universidade Federal do Rio Grande (FURG), mantém um sensor de baixo custo operando na cidade - que monitora material particulado inalável. A universidade também conta um coletor de material particulado mas que faz análise sob demanda. Em nota, a Fepam informou que “está aberta a dialogar com diferentes universidades, projetos, propostas e soluções que colaborem com informações relevantes para prestar serviço à sociedade”.
Com a bomba a vácuo, que pode ser deslocada para outros municípios, a análise já foi realizada em cidades como Gramado, Canela e Barão do Triunfo. Os equipamentos são utilizados durante atividades educativas para posterior publicação em artigos científicos. No Sul do Estado, o Universidade Federal do Rio Grande (FURG), mantém um sensor de baixo custo operando na cidade - que monitora material particulado inalável. A universidade também conta um coletor de material particulado mas que faz análise sob demanda. Em nota, a Fepam informou que “está aberta a dialogar com diferentes universidades, projetos, propostas e soluções que colaborem com informações relevantes para prestar serviço à sociedade”.
Qualidade do ar piora em municípios do Centro e Norte do Estado
A presença da chuva durante a última madrugada e ao longo desta terça-feira (24) melhorou a qualidade do ar em municípios da região Sul do Rio Grande do Sul. Em contrapartida, a direção do vento, que traz a fumaça das queimadas, colabora na piora da qualidade do ar em municípios do Centro e norte do Estado, segundo a plataforma suíça IQAir.
Os municípios de Pelotas e Camaquã, que nesta segunda-feira (24) estavam classificados como insalubres, agora estão classificados como moderados. Já em Porto Alegre, a plataforma aponta que o ar continua insalubre para grupos sensíveis, com concentração de material fino PM2,5 em 104, o que significa que está 7,4 vezes acima do recomendado pela OMS. O ar nas cidades do Centro e da Serra, como é o caso de Santa Maria, Caxias e Passo Fundo também está classificado como insalubre para grupos sensíveis.
Os municípios de Pelotas e Camaquã, que nesta segunda-feira (24) estavam classificados como insalubres, agora estão classificados como moderados. Já em Porto Alegre, a plataforma aponta que o ar continua insalubre para grupos sensíveis, com concentração de material fino PM2,5 em 104, o que significa que está 7,4 vezes acima do recomendado pela OMS. O ar nas cidades do Centro e da Serra, como é o caso de Santa Maria, Caxias e Passo Fundo também está classificado como insalubre para grupos sensíveis.