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Publicada em 23 de Setembro de 2024 às 18:15

Ar volta a ser considerado insalubre em municípios do Sul do Estado

Rio Grande do Sul conta com cinco estações de monitoramento da qualidade do ar

Rio Grande do Sul conta com cinco estações de monitoramento da qualidade do ar

MATEUS DA SILVA/DIVULGAÇÃO/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Com o vento Norte, o Rio Grande do Sul registra, novamente, a presença das fumaças das queimadas que ocorrem na Amazônia e em outras partes do Brasil. Nesta segunda-feira (23), segundo a plataforma suiça IQAir, o ar está classificado como insalubre para grupos sensíveis à poluição em Porto Alegre, com concentração de PM2,5 em 147, o que significa que está 10,8 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a plataforma, o aumento significativo na concentração de material fino (PM2,5) ocorre na maioria das regiões do território gaúcho. Municípios do Sul e do interior do Estado registram uma situação semelhante ou ainda pior, como é o caso de Pelotas e Camaquã, onde o ar é considerado insalubre com a concentração de material fino em 152, enquanto o indicado pela OMS é 15. “A questão do ar sempre foi um pouco negligenciada. Um solo infértil, nós tratamos. Uma água escura, não se bebe, mas, ao mesmo tempo, temos um ar poluído que não temos opção a não ser respirar”, reforça a professora Daiane Bolzan Berlese, do programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale. De acordo com ela, a dispersão dos poluentes depende de vários fatores, variando da topografia, precipitação, umidade e temperatura.
Com o vento Norte, o Rio Grande do Sul registra, novamente, a presença das fumaças das queimadas que ocorrem na Amazônia e em outras partes do Brasil. Nesta segunda-feira (23), segundo a plataforma suiça IQAir, o ar está classificado como insalubre para grupos sensíveis à poluição em Porto Alegre, com concentração de PM2,5 em 147, o que significa que está 10,8 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a plataforma, o aumento significativo na concentração de material fino (PM2,5) ocorre na maioria das regiões do território gaúcho. Municípios do Sul e do interior do Estado registram uma situação semelhante ou ainda pior, como é o caso de Pelotas e Camaquã, onde o ar é considerado insalubre com a concentração de material fino em 152, enquanto o indicado pela OMS é 15.

“A questão do ar sempre foi um pouco negligenciada. Um solo infértil, nós tratamos. Uma água escura, não se bebe, mas, ao mesmo tempo, temos um ar poluído que não temos opção a não ser respirar”, reforça a professora Daiane Bolzan Berlese, do programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale. De acordo com ela, a dispersão dos poluentes depende de vários fatores, variando da topografia, precipitação, umidade e temperatura.
Apenas dez estados brasileiros e o Distrito Federal têm redes de monitoramento da qualidade do ar, de acordo com o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os estados, mais o Distrito Federal, que têm alguma estação de monitoramento da qualidade do ar. Isso porque a lei que institui a Política Nacional de Qualidade de Ar entrou em vigor apenas em maio deste ano e ainda não foi regulamentada. Com isso, não há regras que obriguem a prestação do serviço.

O Rio Grande do Sul, que já contou com 15 estações de monitoramento da qualidade do ar, atualmente, possui cinco. Constituem a Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar (Rede Ar do Sul), que cobre a Região Metropolitana de Porto Alegre, as estações da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), uma em Canoas e outra Esteio, a estação da General Motors do Brasil (GM), em Gravataí, além da estação da CMPC Celulose Riograndense, localizada em Guaíba, e uma estação da Braskem, em Triunfo.
Em nota, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) informou que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) trabalha na ampliação da rede com a contratação emergencial de estações móveis de monitoramento da qualidade do ar, além da contratação de três novos pontos fixos de monitoramento do ar para Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria.

A implantação e operação das estações de monitoramento no Rio Grande do Sul teve início em 1997, como parte das ações do Programa para o Desenvolvimento Racional, Recuperação e Gerenciamento Ambiental da Região Hidrográfica do Guaíba. No entanto, o Projeto Pró-Guaíba iniciou oficialmente sua operação em dezembro de 2001. As primeiras estações automáticas foram em Porto Alegre, Caxias do Sul, Sapucaia, Canoas e Triunfo, no Polo Petroquímico.

De 2001 até o momento, algumas estações foram descontinuadas e outras foram criadas. “A descontinuidade de equipamentos que datam de mais de 10 anos ocorreu por diversos motivos, entre eles o encerramento do programa Pró-Guaíba e tecnologias obsoletas”, destacou a Sema. O investimento é realizado pelas empresas responsáveis pelas estações. Todas, por sua vez, estão ligadas a uma central localizada na sede da Fepam, que realiza o acompanhamento diário da qualidade do ar a partir dos dados gerados.

O relatório da Fepam é divulgado no dia seguinte ao evento. O último boletim, divulgado nesta segunda-feira, aponta que no domingo, o ar era considerado bom na maioria das cinco estações, exceto Triunfo, que indicou “moderada”.

Além das estações mantidas pela Fepam, universidades do Rio Grande do Sul mantêm estações específicas para projetos próprios, como é o caso da Feevale.

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