Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 19 de Setembro de 2024 às 19:03

Análise do IPH identifica mais de 10 metais diferentes e coliformes na chuva preta

Análise considerou a água coletada diretamente da atmosfera e da calha

Análise considerou a água coletada diretamente da atmosfera e da calha

Tânia Meinerz/JC
Compartilhe:
Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Mais de 10 metais diferentes foram identificados na água da chuva preta, que caiu em Porto Alegre neste mês. Entre eles, cálcio, magnésio, ferro e manganês - os dois últimos são responsáveis pela coloração. A análise da chuva preta foi finalizada pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) nesta quinta-feira (19).Segundo o coordenador técnico do Laboratório de Saneamento, Louidi Lauer Albornoz, foram encontrados cerca de 12 metais, no entanto, nenhum deles é prejudicial à saúde humana. “Os metais estão presentes na água naturalmente, mas, agora, estão em concentrações mais elevadas do que trabalhos realizados com a água considerada normal”. Entre os íons, aquele que apresentou maior concentração foi o de cálcio, entre 6,5 a 34mg/L. A água não poluída apresentou entre 0,0 e 6,0 mg/L.
Mais de 10 metais diferentes foram identificados na água da chuva preta, que caiu em Porto Alegre neste mês. Entre eles, cálcio, magnésio, ferro e manganês - os dois últimos são responsáveis pela coloração. A análise da chuva preta foi finalizada pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) nesta quinta-feira (19).

Segundo o coordenador técnico do Laboratório de Saneamento, Louidi Lauer Albornoz, foram encontrados cerca de 12 metais, no entanto, nenhum deles é prejudicial à saúde humana. “Os metais estão presentes na água naturalmente, mas, agora, estão em concentrações mais elevadas do que trabalhos realizados com a água considerada normal”. Entre os íons, aquele que apresentou maior concentração foi o de cálcio, entre 6,5 a 34mg/L. A água não poluída apresentou entre 0,0 e 6,0 mg/L.
A coleta foi realizada de duas formas diferentes, nos dias 12 e 13 de setembro. No primeiro momento, uma estrutura foi montada e capturou a água diretamente da atmosfera, enquanto uma segunda estrutura coletou a água da calha da universidade. O método foi adotado considerando que a população possui o hábito de separar a água da chuva acumulada em calhas.

A principal diferença está na concentração de bactérias de coliformes fecais. A água retirada das calhas apresenta uma concentração maior, na comparação com o material coletado de forma direta. “Há animais que ficam circulando pelas calhas, insetos, pombas, aves e pequenos roedores. Eles defecam e a água da chuva carrega não apenas a população da atmosfera, mas a do telhado”.
No dia 12 de setembro, a concentração de coliformes totais encontrada foi elevada, de 24.196 NMP/100 mL para a amostra da calha. Enquanto a amostra coletada em calha foi medida concentração de 197 NMP/100 mL da bactéria que indica contaminação fecal. A sigla NMP significa Número Mias Provável. 
A pesquisa preliminar já indicava que a concentração de partículas sólidas na água da chuva preta é sete vezes maior do que a normal, chegando a 184, o que pode afetar animais e o meio ambiente, chegando aos lençóis freáticos. O recomendado é que a água da chuva preta seja descartada, mas ainda pode ser utilizada para limpeza de calçadas, por exemplo.  

Com a continuidade das queimadas, o Rio Grande do Sul pode vivenciar o fenômeno novamente nos próximos dias

Notícias relacionadas