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Publicada em 10 de Setembro de 2024 às 09:43

PF deflagra operação contra lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de criptoativos

Foram mobilizados 130 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal durante a operação

Foram mobilizados 130 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal durante a operação

PF/Divulgação/JC
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Agências
A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal do Brasil, deflagrou, nesta terça-feira (10), a Operação Niflheim, para desarticular três grupos criminosos que atuam no mercado de criptoativos, suspeitos de lavagem de dinheiro e do envio de divisas para o exterior, tendo como principais destinos os Estados Unidos da América, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e República Popular da China.
A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal do Brasil, deflagrou, nesta terça-feira (10), a Operação Niflheim, para desarticular três grupos criminosos que atuam no mercado de criptoativos, suspeitos de lavagem de dinheiro e do envio de divisas para o exterior, tendo como principais destinos os Estados Unidos da América, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e República Popular da China.

Para a execução da operação, foram mobilizados 130 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal do Brasil, que cumprem 8 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos municípios de Caxias do Sul/RS, São Paulo/SP, Fortaleza/CE e Brasília/DF. A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos investigados em mais de 9 bilhões de reais, além do arresto de veículos e imóveis.

A investigação iniciou em setembro de 2021 e identificou que a atuação dos grupos criminosos contemplaria diversas camadas de operações financeiras. A partir da origem ilícita do recurso, principalmente de “clientes” do tráfico de drogas e do contrabando, os grupos investigados se utilizariam de empresas de fachada e de outros mecanismos para dificultar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades. Ao receber os valores, os grupos se encarregariam do envio dos recursos para o exterior por meio de criptoativos. Desde o começo da investigação, os suspeitos movimentaram mais de 55 bilhões de reais.

Os três grupos alvo da Operação Niflheim atuam de forma organizada e mantêm relações entre si. Ao final da investigação, conforme as informações coletadas, poderão ser considerados como uma única organização criminosa. Os líderes dos grupos atuam a partir da cidade de Caxias do Sul/RS e de Orlando, na Flórida (EUA).

A operação foi denominada Niflheim, da Mitologia Nórdica "Lar da Névoa", em alusão a atuação dos grupos investigados, que operam por meio de transações financeiras obscuras.

Os crimes investigados são lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária.

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