Porto Alegre deve aprimorar a comunicação dos alertas de cheias e criar programas de segurança de sistemas de proteção (semelhante ao programa nacional de segurança de barragens) principalmente para barreiras móveis. A avaliação é do professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Fernando Dornelles, que participou nesta quarta-feira (4) do Tá na Mesa da Federasul.
O evento discutiu as ações de curto prazo no sistema de contenção de enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre. Na opinião de Dornelles, os diques abaixo da cota de projeto devem ser elevados e os pontos de entrada de água devem ser consertados.
O debate no Palácio do Comércio contou com Antoniony Winkler, engenheiro agrícola, doutor em Manejo e Conservação do Solo e da Água e diretor da WR Assesoria Agrícola que defendeu que o poder público faça uma revisão dos 65 quilômetros de diques, das 14 comportas e das 23 casas de bomba para evitar os danos ocorridos na tragédia climática de maio de 2024. "Não podemos deixar cair no esquecimento o que aconteceu em maio", destaca.
Com relação a população, a infraestrutura e a empreendimentos, Dornelles, que é doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, defende a definição de diretrizes urbanísticas para adaptação construtivas de edificações existentes e futuras; um pavimento inundável: equipamentos facilmente removíveis e depósitos emergenciais: individuais ou coletivos. "Também é preciso adaptar ou realocar edificações e infraestruturas de maior importância (hospitais, museus, centros culturais, subestações elétricas, Estação Rodoviária, aeroporto Salgado Filho e Trensurb", acrescenta.
Com relação a população, a infraestrutura e a empreendimentos, Dornelles, que é doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, defende a definição de diretrizes urbanísticas para adaptação construtivas de edificações existentes e futuras; um pavimento inundável: equipamentos facilmente removíveis e depósitos emergenciais: individuais ou coletivos. "Também é preciso adaptar ou realocar edificações e infraestruturas de maior importância (hospitais, museus, centros culturais, subestações elétricas, Estação Rodoviária, aeroporto Salgado Filho e Trensurb", acrescenta.
O professor do IPH da Ufrgs disse que é favorável a instituição de uma data que lembre a tragédia climática de maio de 2024. "Não podemos jamais esquecer o que aconteceu em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul", ressalta. De acordo com Dornelles, o período de "esquecimento" de outras enchentes fez grande efeito na redução da percepção de risco. Segundo ele, durante eventos como o que ocorreu em maio a segurança pública deve agir para evitar saques e vandalismo. Ele defendeu também a instituição do seguro contra inundações: seguradora ou fundo com cotas.
Winkler defende a implantação de geradores de energia movidos a diesel para emergências. "Hoje, inexiste o que deixa o sistema de bombas sem energia na falta da concessionária. Sobre os transformadores elétricos, segundo Winkler, que estavam posicionados em níveis abaixo do ponto de inundação, e portanto ficaram submersos, desligando o sistema de bombas, a proposta defendida pelo diretor da WR Assessoria Agrícola é levantar os transformadores. Com relação as comportas "Flap", de acordo com Winkler, que são soluções antigas, com processo corrosivo avançado e algumas inexistentes. A ideia é que sejam substituídas e instaladas comportas "flap" de primeira linha.
O sistema de contenção de enchentes de Porto Alegre é composto por 65 quilômetros de diques mais 2,7 km do Muro da Mauá, 14 comportas e 23 casas de bomba. Conforme Dornelles, a Região Metropolitana é composta por 34 municípios, mas apenas quatro cidades tem sistema de proteção contra cheias: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo.