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Publicada em 04 de Setembro de 2024 às 12:24

Demolição do Esqueletão é retomada no Centro de Porto Alegre

As obras já iniciaram por volta das 9 horas da manhã desta quarta-feira

As obras já iniciaram por volta das 9 horas da manhã desta quarta-feira

TÂNIA MEINERZ/JC
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Arthur Reckziegel
Arthur Reckziegel Repórter
As obras de demolição do Esqueletão, no Centro Histórico de Porto Alegre, foram retomadas nesta quarta-feira (4), após ficarem embargadas desde o dia 27 de fevereiro. O embargo se deu por decisão do  Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) após uma vistoria no local que constatou “condições inseguras aos trabalhadores”. 
As obras de demolição do Esqueletão, no Centro Histórico de Porto Alegre, foram retomadas nesta quarta-feira (4), após ficarem embargadas desde o dia 27 de fevereiro. O embargo se deu por decisão do  Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) após uma vistoria no local que constatou “condições inseguras aos trabalhadores”. 
Dessa vez, a demolição terá início na parte externa do Edifício Galeria 15 de Novembro. Os trabalhos serão concentrados em quatro pavimentos do prédio, com acesso pela rua Otávio Rocha. De acordo com a administração municipal, a previsão é de que a demolição completa esteja concluída até dezembroO custo estimado da operação é de R$ 3,9 milhões. 
O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores, afirma que, após o embargo, a estratégia foi alterada. "O processo inicial será totalmente manual e começará com os quatro pavimentos laterais. Essa alteração busca atender todas as orientações de segurança necessárias", atesta Flores.  
André Flores guiou e respondeu os questionamentos da imprensa durante a visitação  | TÂNIA MEINERZ/JC
André Flores guiou e respondeu os questionamentos da imprensa durante a visitação TÂNIA MEINERZ/JC
Ele ainda cita um laudo da UFRGS que coloca a edificação como passível de colapso futuro. "Corre o risco de uma pedra voar, uma parede cair e queremos evitar isso. Estamos iniciando hoje com segurança garantida para todos os envolvidos." 

Duração da obra

A obra terá duração de quatro meses, com a demolição completa prevista para o mês de dezembro. O processo será dividido em duas etapas. Essa primeira consiste na derrubada dos quatro pavimentos laterais dos primeiros andares do edifício, que demorará cerca de 40 dias. Já a segunda, consiste em derrubar a parte da frente e do 19⁰ ao 11⁰ andar. Esses 10 andares restantes serão implodidos
Vale ressaltar que a liberação MTE para realização da obra só é válida para a primeira parte. Para a sequência da demolição é necessária que haja outra vistoria. 
Perguntado sobre o cumprimento desse prazo, o secretário está confiante que será cumprido. "Nossa expectativa são esses 120 dias, é possível acontecer alguma coisa que gere um atraso. Apesar disso, acredito que não tenha mais o que possa atrasar a conclusão do projeto", aponta. Sobre o futuro do terreno, Flores afirma que ainda não há uma destinação definida. 

Trânsito 

Não estão previstos bloqueios totais nas vias próximas ao edifício. Quando necessário, caminhões sairão pela contramão da rua Marechal Floriano Peixoto até a avenida Júlio de Castilhos, com o auxílio de agentes da EPTC, em horários previamente divulgados. 

Dependências internas  

O prédio, que conta com 19 andares, está inacabado desde a década de 1950. Ele foi completamente evacuado, portanto não contava com nenhum morador desde o ano de 2021. 
Com os EPIs necessários e as instruções da equipe da prefeitura, a equipe do JC percorreu o caminho do primeiro até o quarto andar de edificação. Durante esse trajeto, foi possível observar alguns detalhes:
   | Arthur Reckziegel/Especial/JC
Arthur Reckziegel/Especial/JC
• escadas extremamente estreitas;  
• algumas pichações que identificavam os andares enquanto ia-se subindo;
• nenhuma iluminação interna; 
• sujeira e muitos tijolos quebrados e espalhados; 
• diversas placas incentivando a segurança no trabalho e alertando para possíveis perigos; 
• trabalhadores da FBI (empresa responsável pela obra)  já iniciando a demolição. 

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