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Publicada em 03 de Setembro de 2024 às 13:13

Cheia do Guaíba atingiu a marca de 5,37m no Cais Mauá, aponta Serviço Geológico Brasileiro

Armazéns do Cais Mauá foram tomados pela enchente de maio de 2024

Armazéns do Cais Mauá foram tomados pela enchente de maio de 2024

Tânia Meinerz/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
A enchente de maio de 2024 em Porto Alegre atingiu a marca de 5,37m na estação Cais Mauá C6 nas proximidades da Estação Rodoviária conforme a medição oficial realizada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). No pórtico central do Cais Mauá, em frente a avenida Sepúlveda, foi registrada a marca de 5,12m - 45 cm a mais em relação a placa de 1941. A terceira medição foi feita na Usina do Gasômetro que registrou 4,59 metros. As três medições foram realizadas no dia 5 maio.
A enchente de maio de 2024 em Porto Alegre atingiu a marca de 5,37m na estação Cais Mauá C6 nas proximidades da Estação Rodoviária conforme a medição oficial realizada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). No pórtico central do Cais Mauá, em frente a avenida Sepúlveda, foi registrada a marca de 5,12m - 45 cm a mais em relação a placa de 1941. A terceira medição foi feita na Usina do Gasômetro que registrou 4,59 metros. As três medições foram realizadas no dia 5 maio.
Os dados foram divulgados pela equipe do (SGB). Os resultados fazem parte do trabalho: "Avaliação Indireta do Nível Máximo do Guaíba na Região Central de Porto Alegre, entre as estações Cais Mauá C6 e Usina do Gasômetro", realizado com a articulação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e apoio do Exército Brasileiro.
Assim, os novos dados oficiais também mudam a altura máxima da cheia de 1941, que a agora passa a ser 4,67m e não mais os 4,76m que era a marca indicada até agora.
 
 
Equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou a divulgação dos dados da medição das enchentes: os chefes da Divisão de Hidrologia Aplicada, engenheiro Emanuel Duarte Silva, engenheira Andrea Germano, do Departamento de Hidrologia da Superintendência Regional e o engenheiro Franco Buffon, do Departamento de Hidrologia do SGB  | Tânia Meinerz/JC
Equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou a divulgação dos dados da medição das enchentes: os chefes da Divisão de Hidrologia Aplicada, engenheiro Emanuel Duarte Silva, engenheira Andrea Germano, do Departamento de Hidrologia da Superintendência Regional e o engenheiro Franco Buffon, do Departamento de Hidrologia do SGB Tânia Meinerz/JC
A marca de 5,37m se refere ao ponto no Cais Mauá onde havia uma régua automática de medição do Guaíba colocada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) vinculada ao governo do Estado. A régua foi levada pelas águas da enchente no dia 2 de maio, deixando a Capital sem dados oficiais da cheia e impedindo a observação direta do pico da cheia. As equipes da SGB foram de barco até o local colocar uma nova régua. Os técnicos do SGB primeiro analisaram as marcas deixadas pela enchente de maio nas edificações do Cais e, depois, mediram as marcações em relação a referenciais já conhecidos.
De acordo com o engenheiro Franco Buffon, chefe da superintendência regional da SGB, no começo da enchente foi perdida a régua da estação no armazém C6 do Cais Mauá, de responsabilidade da Sema, que era fonte de monitoramento. "Tivemos que esperar a água baixar para conseguirmos identificar as marcas nas paredes, vidraças e demais estruturas do Cais", recorda. Já o engenheiro Emanuel Silva, chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada, as equipes fizeram medições nas paredes, vidraças, em qualquer lugar em que ficou registrado o nível máximo das águas resultado das enchentes de maio de 2024.
A engenheira Andrea Germano, do Departamento de Hidrologia do SGB, disse que no Pórtico Central do Cais Mauá, a enchente de maio de 2024 atingiu o pico de 5,12m. "A placa de medição da enchente de 1941 está afixada no Pórtico Central. A cheia de maio de 2024 resultou em uma coluna de água de 45cm maior do que a da enchente de 1941", acrescenta. A medição e a realização dos cálculos foram realizadas em parceria com o Exército Brasileiro e com a Agência Nacional de Águas (ANA).
No pórtico do Cais Mauá, foi feita a medição de 5,12 metros pela equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB) | Tânia Meinerz/JC
No pórtico do Cais Mauá, foi feita a medição de 5,12 metros pela equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB) Tânia Meinerz/JC
Conforme Andrea Germano, o SGB opera hoje no Brasil 3,5 mil pontos de monitoramento com dados dos níveis de rios, de vazões e de chuva que beneficia oito milhões de pessoas no País. De acordo com Buffon, a estação Gasômetro vai operar de forma definitiva na Capital, e segundo ele, a Sema vai recuperar a estação no Cais Mauá C6. "Com essa recuperação, teremos dois pontos com transmissão em tempo real na cidade para realizar o monitoramento de cheias", destaca.
Os dados oficiais foram divulgados nesta terça-feira (3) pelos chefes da Superintendência Regional de Porto Alegre, engenheiro Franco Buffon; do Departamento de Hidrologia do SGB, engenheira Andrea Germano; e da Divisão de Hidrologia Aplicada, engenheiro Emanuel Silva. 

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