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Publicada em 29 de Agosto de 2024 às 12:41

Entidades médicas lamentam desativação do TelessaúdeRS

Equipe que atuava no atendimento da linha telefônica 0800 será desligada

Equipe que atuava no atendimento da linha telefônica 0800 será desligada

Telessaúde RS/Divulgação/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
A desativação do serviço de TelessaúdeRS na sexta-feira (30/08), que funcionou por 11 anos no Rio Grande do Sul, foi lamentada pelas entidades médicas gaúchas. A estrutura contava com um total de 260 profissionais entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, funcionários do setor administrativo, de TI e de comunicação social. Deste total, 15 trabalhadores foram desligados na semana passada das suas funções no Estado.
A desativação do serviço de TelessaúdeRS na sexta-feira (30/08), que funcionou por 11 anos no Rio Grande do Sul, foi lamentada pelas entidades médicas gaúchas. A estrutura contava com um total de 260 profissionais entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, funcionários do setor administrativo, de TI e de comunicação social. Deste total, 15 trabalhadores foram desligados na semana passada das suas funções no Estado.
O Ministério da Saúde alega que a linha telefônica 0800, que atendia seis mil profissionais de saúde por mês em todo o País, não permaneceria em atividade por falta de recursos financeiros. Os 60 médicos permanecem no convênio firmado com o governo estadual.
O diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Guilherme Peterson, disse que o teleessaúde foi um dos serviços que mais ajudou a resolutividade da atenção primária fazendo com que os médicos que tivessem alguma necessidade de avaliação técnica encaminhassem suas dúvidas para o sistema. "O serviço com seus especialistas dava um retorno de forma rápida e dessa forma diminuía a necessidade de encaminhamento para questões simples", explica. Para Peterson, o serviço melhorava a eficiência do sistema de saúde. "A retirada de verbas financeiras do projeto poderá resultar em mais filas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e mais gastos para a saúde pública", comenta. Segundo o diretor do Simers, as retiradas de custeio têm penalizado diversos setores da saúde. "É uma baita perda que não poderá ser mensurada agora", afirma.
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) se manifestou a respeito do assunto por meio de nota. A entidade diz "lamentar e repudiar" o anúncio de fechamento do TelessaúdeRS, serviço "que tem mostrado grande resolutividade ao longo dos anos".
O Cremers afirma ainda que entrou em contato com o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Felipe Oliveira, e se posicionou pela manutenção do serviço, solicitando que a decisão seja revista. "O Telessaúde é uma ferramenta que atende a todo o Brasil, levando a boa Medicina a todo país", afirma o presidente do Conselho, Eduardo Neubarth Trindade.
O coordenador do projeto TelessaúdeRS, Roberto Umpierre, disse que são duas iniciativas desenvolvidas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs): um com financiamento do governo do Estado, que será mantido, e outro com o Ministério da Saúde. "Com o Ministério da Saúde, tínhamos o projeto 0800 nacional que hoje atendia por mês seis mil profissionais da área de saúde de diversas regiões do Brasil", explica. O serviço funcionava desde 2013. De acordo com Umpierre, o Ministério da Saúde informou que decidiu não manter o serviço com a justificativa da falta de recursos financeiros.
Conforme o coordenador, os recursos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde terminaram e foram suficientes  para pagar a folha de pagamento do mês de agosto. Os trabalhadores vão receber os valores no dia 5 de setembro. Uma parte dos funcionários vai continuar atuando no convênio firmado com o governo do Estado. Segundo Umpierre, a professora Márcia Barbosa, futura reitora da Ufrgs, participou de duas reuniões com integrantes do Ministério da Saúde  em Porto Alegre e em Brasília. O tema do encontro foi a possibilidade da manutenção do 0800. "Não houve um anúncio oficial sobre a manutenção das atividades. Então parece que a decisão do Ministério está tomada", lamenta.
 

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