A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre interditou, nesta terça-feira (27), as Unidades de Saúde (USs) Ilha dos Marinheiros, no bairro Arquipélago, e Mapa, na Lomba do Pinheiro. Os estabelecimento foram atingidos durante as enchentes que acometeram o Rio Grande do Sul no mês de maio e não haviam retornado ao funcionamento até o momento.
Segundo o órgão, no caso da Unidade na Ilha dos Marinheiros, a interdição ocorreu em razão da constatação de rachaduras nas paredes e na laje, além do deslocamento do solo sob as vigas. As rachaduras foram verificadas ainda em 16 de agosto e, desde essa data, o prédio já estava bloqueado. Já a decisão de interdição, tomada efetivamente nesta terça-feira, ocorreu após laudo técnico apresentado por engenheiros civis da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura. O estudo constatou grau de risco crítico na edificação, sendo indicada a sua demolição.
No caso da Unidade de Saúde Mapa, segundo a SMS, o estabelecimento já apresentava problemas estruturais que foram potencializados pelas chuvas, impossibilitando a continuidade dos atendimentos. Após as enchentes, o laudo técnico constatou avarias, incluindo fissuras, trincas e desagregação de revestimentos. Os danos atingem especialmente o consultório número 06 e a sala de odontologia. Os atendimentos então foram transferidos para a Unidade Móvel Lomba do Pinheiro, ao lado do Cemitério Jardim da Paz. O estabelecimento atende das das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, na rua João de Oliveira Remião, 1347. No momento, o órgão verifica a possibilidade da cedência de um espaço pra funcionamento do estabelecimento.
Os atendimentos em saúde prestados pelo posto da Ilha dos Marinheiros seguem ocorrendo em unidade móvel estacionada ao lado da edificação fechada, no pátio da Escola Estadual Alvarenga Peixoto (rua Santa Rita de Cassia, 100, km 2), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Outras duas unidades do bairro Arquipélago – Ilha do Pavão e Ilha da Pintada – contam com atendimentos médicos, de enfermagem e vacinação. Outros pontos de atendimento podem ser verificados neste link.
Ambos os estabelecimentos da Ilha da Pintada e Pavão, citados pelo órgão, também foram atingidos e fechados, porém, não tiveram necessidade de demolição. Dessa forma, foi colocado nos locais atendimentos móveis. O estudo do restante das unidades afetadas também foi finalizado, mas não há necessidade de demolição. A secretaria estuda também, em razão do histórico de alagamentos na região, acerca da construção de unidades resilientes ou móveis, ou ainda disponibilização de atendimento domiciliar.