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Publicada em 23 de Agosto de 2024 às 18:32

Rio Grande do Sul deve reduzir população mais cedo que outros estados, aponta IBGE

Rio Grande do Sul também vem diminuindo taxa de fecundidade e aumentando a idade média desde os anos 2000

Rio Grande do Sul também vem diminuindo taxa de fecundidade e aumentando a idade média desde os anos 2000

ISABELLE RIEGER/ARQUIVO/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller Repórter
O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros que deve começar a reduzir sua população mais cedo, em 2027. De acordo com as primeiras projeções de população do IBGE com dados do Censo Demográfico 2022, que foram publicadas na quinta-feira (22), esse movimento acontecerá em outras regiões do Brasil, mas somente em 2040.
O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros que deve começar a reduzir sua população mais cedo, em 2027. De acordo com as primeiras projeções de população do IBGE com dados do Censo Demográfico 2022, que foram publicadas na quinta-feira (22), esse movimento acontecerá em outras regiões do Brasil, mas somente em 2040.
Segundo a projeção da população por idade simples e por indicadores implícitos, disponibilizada pelo órgão, o número de habitantes gaúchos, atualmente em 11,22 milhões, deve aumentar até 11,23 milhões em 2027, e após, irá diminuir.
Em 2070, último ano da projeção, a população do RS deve chegar a 9,1 milhões, número ainda menor do que o atual. Já no Brasil inteiro, a previsão é que reduza dos atuais 212,5 milhões habitantes para 199,2 milhões.
O IBGE, em nota, esclarece que o recuo é regionalmente desigual, e considera a migração populacional um fator importante nesse tipo de dinâmica. Enquanto certos estados podem ser origem de migrações, outros podem ser destinos, e isso impacta na inflexão populacional. 
O Estado que deve ter a inflexão populacional mais tardia também é da região Sul do País, Santa Catarina, em 2064, junto de Roraima.
A taxa de fecundidade já vem diminuindo no Estado, ao menos, se comparado com o início da série histórica em 2000. Atualmente, em 1,5 filhos por mulher, a taxa era 2,1 há 24 anos. A diminuição da taxa de fecundidade também é um cenário presente em todo País, que deve sofrer redução em relação aos anos 2000, de 2,3 para os atuais 1,5.
Porém, a partir de 2050, o órgão indica que a taxa terá ligeiro aumento, indo de 1,45 em 2050, a 1,47 em 2060 e chegando até 1,50 em 2070. Já o Rio Grande do Sul, em contrapartida, apesar de também apresentar ligeira diminuição em 2027, para 1,4, deve voltar a aumentar para 1,5 em 2056 e se manter assim até 2070. A região Sul, como um todo, apresenta a segunda taxa de fecundidade mais baixa entre as regiões brasileiras, sendo 1,56 neste ano, atrás somente do Sudeste, com 1,48.
A população gaúcha também deve ficar mais velha como um todo nesse processo. Atualmente, a idade média dos gaúchos é de 38,4 anos, e deve ir para 49,2. O aumento da idade média também é uma tendência no Brasil, já que, segundo as projeções, os números indicam 28,3 nos anos 2000, 35,9 em 2024 e, levemente menor que o RS, deve chegar a 47,4 anos em 2070.

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