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Publicada em 23 de Agosto de 2024 às 19:58

Ciclovia bloqueada esbarra em falta de empresas interessadas em licitação

Esta é a terceira tentativa de licitação para obras de recuperação dos trechos após deslizamentos

Esta é a terceira tentativa de licitação para obras de recuperação dos trechos após deslizamentos

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller Repórter
A prefeitura de Porto Alegre determinou, nesta sexta-feira (23), a suspensão da liberação do trecho da ciclovia da avenida Ipiranga, entre a João Pessoa e Salvador França. A medida aconteceu após uma reunião com as diretorias das secretarias de Mobilidade Urbana (SMMU) e de Obras, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Segundo a prefeitura, em nota, a revisão da medida se deu para a reavaliação de questões como segurança e mobilidade urbana no trecho.
A prefeitura de Porto Alegre determinou, nesta sexta-feira (23), a suspensão da liberação do trecho da ciclovia da avenida Ipiranga, entre a João Pessoa e Salvador França. A medida aconteceu após uma reunião com as diretorias das secretarias de Mobilidade Urbana (SMMU) e de Obras, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Segundo a prefeitura, em nota, a revisão da medida se deu para a reavaliação de questões como segurança e mobilidade urbana no trecho.
A ciclovia já esteve, desde setembro do ano passado, bloqueada três vezes. “O [primeiro] bloqueio aconteceu entre os dias 6 e 9, por conta das fortes chuvas e deslizamentos diversos”, descreve  a diretora de Mobilidade Urbana da SMMU, Carla Meinecke. Depois, o trecho foi novamente interditado após novas chuvas em novembro e as enchentes de maio, complementa.
Parte da ciclovia, segundo a diretora, segue fora do protocolo de segurança. "O talude pode apresentar fragilidade em muitos pontos”, justifica. Os deslizamentos, desde o ano passado, já foram estudados pelo Dmae, visando a recuperação dos taludes. Porém, não há previsão para liberação.
De acordo com Carla, a pasta de mobilidade urbana vai esperar o acompanhamento dos prazos de recuperação dessas estruturas. Porém, apesar do estudo pronto, é a terceira tentativa de licitação para contratação das obras de recuperação dos trechos deslizados. E todas as outras não tiveram empresas que se candidataram. "A orientação, a partir de agora, é utilizar o passeio compartilhado que já está finalizado”, complementa.

O órgão fez o monitoramento periódico e entendeu que poderia liberar o trecho entre a rua Silva só e avenida João pessoa. Porém, segundo ela, os ciclistas seguiram utilizando os trechos bloqueados, os colocando em risco.
A situação levou o órgão a liberar o trecho em frente à rua Ramiro Barcelos, junto ao Planetário, e no sentido bairro-centro em frente à rua Silva Só. O trecho tinha o intuito de dar continuidade da ciclovia até a Salvador França. Segundo Carla, já havia sido liberado o caminho da Orla do Guaíba até a João Pessoa, em janeiro deste ano. Utilizando-se de simulações, o órgão estimou que havia condições para devolver o trecho de sequência da João Pessoa até a Salvador França e da Orla até João pessoa. Por fim, porém, acabou recuando.
A utilização dos trechos, segundo o órgão, era majoritariamente para trabalho e deslocamento e, de forma minoritária, para lazer. Após as enchentes, o fluxo de tráfego não retomou à situação normal, mantendo 30% menos veículos. Além disso, explica que houve um aumento grande de acidentes após as enchentes, por condutores alcoolizados e altas velocidades.

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