O governo do Rio Grande do Sul publicou, nesta terça-feira (20) um alerta epidemiológico com orientações para profissionais de saúde e população em geral em relação à Mpox, doença viral também declarada Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional pela OMS na última quarta-feira (14). Infecciosa, a doença registrou 327 casos confirmados em 2022 no RS. Em 2023, foram confirmados 9 casos, e em 2024, até 19 de agosto, 5 ocorrências no Estado.
A doença causa, conforme detalha nota informativa conjunta do Centro Estadual de Vigilância em Saúde e Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), principalmente erupções cutâneas, mas elas podem se apresentar de diferentes formas, como máculas, pápulas, vesículas ou crostas, em todo o corpo, incluindo rosto e regiões íntimas. Podem ser acompanhados de febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio e fraqueza.
O vírus pode ser transmitido, principalmente, por meio do contato direto com a pessoa infectada, como pele e secreções, e contato com gotículas e outras secreções respiratórias. Esta última, porém, requer contato mais próximo e prolongado entre o paciente infectado e pessoas suscetíveis, detalha nota informativa conjunta do Centro Estadual de Vigilância em Saúde e Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
Também pode ser transmitido por meio de fluídos corporais como pus e sangue das lesões, e por meio da saliva quando há a presença de úlceras ou feridas na boca, assim como objetos e utensílios pessoas contaminados, assim como relações íntimas. O Ministério da Saúde, todavia, inclui também animais silvestres roedores infectados.
Segundo a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), ainda, grupos de risco incluem indivíduos imunocomprometidos, como pessoas vivendo com HIV sem tratamento, crianças pequenas, gestantes e idosos. Nessas populações, a Mpox pode evoluir de forma mais grave, com maior risco de complicações e morte. No geral, a doença geralmente evolui para quadros leves e moderados.
Ainda, uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. O período de incubação pode ir de 1 a 21 dias após a exposição. Porém, normalmente é de 3 a 16 dias.
Ainda, uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. O período de incubação pode ir de 1 a 21 dias após a exposição. Porém, normalmente é de 3 a 16 dias.
As orientações do Ministério da Saúde, acerca da doença, incluem, caso haja suspeita, comparecer uma unidade de saúde para avaliação, assim como informar contato próximo com alguém com suspeita. Se possível, isolar-se e evitar contato próximo com outras pessoas. Higienizar as mãos regularmente e seguir as orientações para proteger outras pessoas da infecção.
Tratamento e vacinação
Segundo comunicado conjunto, o manejo clínico ideal da infecção humana por mpox ainda não está claramente estabelecido. Porém, casos sem necessidade de hospitalização têm seu tratamento baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações. Até o momento, não se dispõe de medicamento aprovado especificamente para mpox.
Por isso, a forma mais eficaz para combate à doença é prevenção e vacinação. A estratégia de vacinação contra a Mpox no Brasil começou em 2023 com foco nas pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença e, atualmente, é aplicada para públicos diferentes entre pré e pós-exposição.
Quem pode tomar a vacina contra mpox?
- Pré-exposição: pessoas entre 18 e 49 anos que vivem com HIV/Aids e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios. A imunização pode ser indicada também para indivíduos em situação de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), caso disponível na rede. Nesses casos, a orientação é que a aplicação da vacina seja feita com um intervalo de 30 dias entre qualquer imunizante previamente administrado.
- Pós-exposição: pessoas com mais de 18 anos que foram expostas ao vírus mpox por contato direto ou indireto com fluidos e secreções de uma pessoa contaminada, o que pode acontecer: pelo toque na pele ou mucosa; por relações sexuais; pela inalação de gotículas em ambientes fechados de convívio comum; pelo compartilhamento de objetos, especialmente os perfurocortantes. Nesses casos, a recomendação é que a vacina seja administrada em até quatro dias após a exposição. Apenas em situações excepcionais a imunização pode ser realizada em até 14 dias, mas com redução da sua efetividade.