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Publicada em 15 de Agosto de 2024 às 12:38

Furtos de cabos da Trensurb ameaçam retomada das operações

Estações sofrem com constantes roubos de cabos de sinalização e tração

Estações sofrem com constantes roubos de cabos de sinalização e tração

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Aos R$ 275 milhões necessários para a recuperação total das linha da Trensurb atingidas pelas cheias de maio, somam-se agora mais RS 5 milhões imprevistos. Valores que podem crescer a cada dia e atrasar a retomada da operação dos trens até a Estação Farrapos, prevista para ocorrer até 20 de setembro. O motivo são os constantes furtos e tentativas de furtos de cabos de sinalização e energia de tração, além de equipamentos de estações da Bacia Metroferroviária até o Mercado Público de Porto Alegre que vem ocorrendo desde as enchentes.
Aos R$ 275 milhões necessários para a recuperação total das linha da Trensurb atingidas pelas cheias de maio, somam-se agora mais RS 5 milhões imprevistos. Valores que podem crescer a cada dia e atrasar a retomada da operação dos trens até a Estação Farrapos, prevista para ocorrer até 20 de setembro. O motivo são os constantes furtos e tentativas de furtos de cabos de sinalização e energia de tração, além de equipamentos de estações da Bacia Metroferroviária até o Mercado Público de Porto Alegre que vem ocorrendo desde as enchentes.
Para interromper esta sangria, representantes da empresa pública participaram de sessão da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira (15) para solicitar atenção ao caso. Com o desligamento da energia nos trechos ainda inoperantes, estão sendo levados os cabos da rede aérea de alimentação de energia de tração dos trens. Nos últimos três meses, foram registradas 24 ocorrências deste tipo.
“Isso se deve ao fato de que o trecho de Farrapos até o Centro, passando pela Estação São Pedro, Rodoviária e Mercado, nós perdemos a subestação de energia e isso criou a facilidade para este tipo de crime”, destacou o diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes.
Segundo o chefe de segurança da empresa, Giuliano Boeck, “pela primeira vez nestes 40 anos de operação, no dia 18 de julho, tivemos a ocorrência do furto do nosso cabo mensageiro, que faz contato com o nosso sistema elétrico de trens”. Para tentar conter esses eventos, o gestor informa que a Trensurb tem lançado mão de uma “operação de guerra”, com diversos agentes operacionais de segurança e usando veículos rodoferroviários para rondas nos locais visados.
“Mas tão logo os nossos funcionários passam, o pessoal da drogadição, os moradores da região, conseguem pular o nosso muro de vedação que tem dois metros de altura, com concertina e tampas de concreto, e conseguem romper nosso sistema de proteção”, detalhou Boeck.
Ao final da reunião comandada pelo vice-presidente do colegiado, deputado Leonel Radde (PT), ficou combinado agendamento de uma visita dos integrantes da Comissão aos locais vulneráveis. “Em verdade, temos essa situação que favorece os indivíduos que fazem esses furtos. Eles carregam esses cabos e sabemos que existe uma limitação de raio de ação para isso, isso significa que eles ficam naquele entorno. No meu entendimento, é relativamente simples nós compreendermos onde está sendo feita a receptação deste material, mas que tenhamos uma política efetiva contra isso”, anunciou Radde.
A empresa também enviou ofício à Superintendência Regional da Polícia Federal no RS e à Secretaria de Segurança Pública do Estado em busca de reforços nesse sentido, considerando ser fundamental para a eficiência da operação do metrô, bem como para a retomada da circulação plena dos trens por toda a linha. A previsão para a retomada completa do funcionamento da Trensurb está marcada para o dia 24 de dezembro.
 

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