Durante uma audiência pública da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizada em junho, o piloto Luís Cláudio de Almeida acusou a Voepass de fazer pressão para que pilotos trabalhassem fora da escala de trabalho e em seus dias de folga, o que causaria fadiga e aumentaria o risco de acidentes. "Não queremos entrar nessa estatística", disse o piloto.
Procurada pelo Estadão, a Voepass afirmou que "cumpre com todos os requisitos legais, considerando jornadas e folgas, de acordo com o regulamento brasileiro da Aviação Civil RBAC-117, que disciplina a jornada e gestão da fadiga dos tripulantes". Até a publicação deste texto, o Estadão não conseguiu contato com o piloto, para retomar o assunto e falar do acidente.
Procurada pelo Estadão, a Voepass afirmou que "cumpre com todos os requisitos legais, considerando jornadas e folgas, de acordo com o regulamento brasileiro da Aviação Civil RBAC-117, que disciplina a jornada e gestão da fadiga dos tripulantes". Até a publicação deste texto, o Estadão não conseguiu contato com o piloto, para retomar o assunto e falar do acidente.
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Anteriormente, o piloto relatou que a companhia aérea chegava a ligar para ele durante seu período de descanso. "A empresa, às vezes, me liga para fazer um voo: 'Vai, vai que dá'". Almeida diz que recusava, porque na escala "diz que não é para ir", mas a empresa insistia: "Vai, vai, vai que dá".
"Às vezes, quando você acorda, tem oito ligações da escala, quando você está de folga. Eu estava de folga e precisei desligar meu celular", relatou Almeida. Disse ainda que, além do excesso de trabalho, os pilotos muitos vezes não recebem alimentação adequada durante os voos e não têm condução para realizar o deslocamento até o aeroporto, o que aumenta o desgaste e o tempo dedicado ao trabalho.
A audiência discutia mudanças no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil 117. O processo busca alterar requisitos relativos ao gerenciamento do risco de fadiga de tripulantes. Ele entrou em consulta pública em 11 de junho e continua em discussão.
"Às vezes, quando você acorda, tem oito ligações da escala, quando você está de folga. Eu estava de folga e precisei desligar meu celular", relatou Almeida. Disse ainda que, além do excesso de trabalho, os pilotos muitos vezes não recebem alimentação adequada durante os voos e não têm condução para realizar o deslocamento até o aeroporto, o que aumenta o desgaste e o tempo dedicado ao trabalho.
A audiência discutia mudanças no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil 117. O processo busca alterar requisitos relativos ao gerenciamento do risco de fadiga de tripulantes. Ele entrou em consulta pública em 11 de junho e continua em discussão.
Procurador diz que falar em interrupção de voos é 'prematuro'
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira, afirmou ontem que o Ministério Público participará das investigações sobre o acidente. E destacou que, por ora, não há motivo para interromper as atividades da Voepass. Ele classificou a medida como "muito prematura". "Não surgiu nenhum elemento emergencial que venha a exigir qualquer atitude de interrupção das atividades."