O relatório preliminar do Plano de Ação Climática (Plac), apresentado pela prefeitura de Porto Alegre nesta quarta-feira (31), traz medidas que buscam reduzir o impacto do excesso de chuva na Capital, como o registrado em maio deste ano.
Entre as principais ações estão a ampliação e requalificação de infraestruturas de macrodrenagem, com foco nas áreas críticas às inundações e alagamentos, com a construção de bacias de retenção ou detenção em áreas públicas nas sub-bacias que apresentam risco alto e muito alto para inundações fluviais; e a reestruturação do sistema de proteção contra cheias e ampliação da permeabilidade em áreas públicas e privadas.
Para essas medidas, o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática de Porto Alegre, em conjunto com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), mapeou 73 obras de melhorias em comportas, diques, estações de bombeamento, de tratamento de água e recuperação do Muro da Mauá, no valor estimado de R$ 513 milhões. Até o momento, 67 já têm anteprojeto, projeto básico ou executivo contratados, num investimento de R$ 5,4 milhões.
Outra ação contempla a preparação e resposta emergencial diante da ocorrência de eventos climáticos extremos, como atualização do Plano de Contingência do município, definição e divulgação de rotas de fuga seguras e mapeamento de centro de apoio para população vulnerável, incluindo abrigos exclusivos para mulheres, crianças, pessoas LGBTQIA+ e animais. De acordo com o Escritório de Reconstrução, o investimento para elaboração do Plano de Preparação e Mitigação de Desastres Climáticos e Atualização do Plano de Contingência é de R$ 350,7 mil.
O relatório preliminar do Plac também destacou a necessidade de construção de moradias seguras e execução de projetos de reabilitação urbana para populações que vivem em áreas de risco. Também está prevista a reestruturação urbana-ambiental na região das ilhas. Essa medida também está em fase de contratação de estudos para uma solução definitiva aos moradores do bairro Arquipélago.
Outras ações são o mapeamento de áreas livres com potencial de implantação arbórea e ampliação da arborização urbana com espécies nativas adaptadas às condições climáticas; recomposição e preservação de vegetação em Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação e recuperação de áreas de nascentes e matas ciliares; implementação de projetos de agroflorestas que estimulem produção de orgânicos, agricultura familiar e ecoturismo; otimização do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos.